Um roteiro de Supercampeão
Por: Marcus Souza
O Flamengo é a prova imaterial que não se pode desistir de nada antes do fim. O gol ao primeiro minuto na falha de marcação do Arão mostrava que teríamos uma final com cara de final, expressão que só se iguala a um Flamengo com cara de Flamengo.
Uma virada que não surpreendia os espectadores e um ritmo de jogo que apequenava o rival em campo, o jogo foi a prova definitiva para calar os críticos dos Diegos.
Aproveite a boa fase do Flamengo para lucrar!
Quando a defesa estava batida e o gol de empate parecia certo, Diego Ribas, tão criticado por uns e até mesmo dispensável na cabeça de outros, surge como um predestinado a salvar o time em mais uma decisão, não bastasse a dedicação dos últimos anos e as ótimas partidas recentes, prova definitivamente que é imprescindível para esse grupo. Aos torcedores que reconhecem a importância e o tamanho do nosso 10 e faixa, parabéns por terem defendido as diversas renovações, esse mérito também é de vocês.
Por falar em defesa de renovação, uma atuação para calar qualquer incauto que ousou dizer que o monstro Diego Alves era dispensável, seja por idade, lesões ou alto salário, Diego é um goleiro que se paga, um líder, um exemplo, uma atleta que acredita e se dedica até o fim.
A Supercopa é um campeonato novo, e se tornará um grande campeonato ao longo da história, e nela, constará a era Flamengo, construída com o suar dos gigantes que na cabeça de alguns eram dispensáveis. Hoje, Diego Alves e Diego Ribas são maiores até mesmo que essa final para história do clube, reconheçam, admirem e aproveitem essas lendas enquanto duraram com o manto.
Voltando ao jogo, um pênalti que mostra a falta de ritmo de Rodrigo Caio, algo a ser trabalhado durante a temporada para que o xerife da defesa retome o auge.
Quando enfim o eletrocardiograma chegou, digo, a disputa de penaltis, só restava o nervosismo habitual e a desconfiança trazida pós as últimas eliminações. Me digam nos comentários desse texto suas reações, o que pensaram quando Filipe Luís perdeu o primeiro, e quando Matheuzinho perdeu o segundo? Bom, eu nesse momento tirei a camisa e parei de ver, mas voltei logo depois, a tempo de ver a estrela de D. Alves brilhar mais uma vez, que goleiro senhores, o que pensaram quando Vitinho e Michael foram para a bola?
Nem mesmo o mais sádico roteirista seria capaz de preparar uma decisão com tantas reviravoltas, mas o Flamengo é isso, ele nos mata, nos maltrata, nos arrebata de emoção no coração.
Que desfecho melhor que o responsável pelo pênalti que levou a dramática decisão, fechar a disputa e mais uma vez se consagrar no gramado? Se não for pra sei a lá aí Jesus, não é Flamengo.
Acreditem sempre, isso aqui é Flamengo!
Saudações Rubro Negras.
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