FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO
A noite da última quarta-feira (27), a noite foi de pesadelos para a torcida do Flamengo e aumentou a crise interna do clube. A péssima atuação da equipe e os erros de Renato Gaúcho culminaram na eliminação por 3 a 0 da Copa do Brasil, dentro do Maracanã. O vexame gerou uma série de crítica a Portaluppi, que não foi poupado pelos rubro-negros e nem por comentaristas. Para Felippe Facincani, da ESPN, o trabalho do comandante é desorganizado e não pode se resumir à motivação dos atletas.
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– Estamos chegando a uma conclusão e uma conclusão bastante clara de que o Renato Gaúcho é mais motivador do que técnico de futebol. Na hora que precisa transformar o carisma em prática, respaldo técnico e teórico, não acontece. Em alguns momentos, não é só “dale dale dale, vamo, vamo, vamo”. Flamengo foi ontem. Teve empolgação, mas não adianta nada ter motivação se você não organiza, não é sincronizado, se as peças estão mal colocadas, fora de posição, se sua defesa é uma peneira. Léo Pereira escalado é uma piada hoje no momento do Flamengo. O bote que ele dá na perda de bola ridícula do Diego no meio campo, é tão ruim como a perda de bola do Diego –, disse, antes de prosseguir:
– Uma situação ridícula. Filipe Luís fora da posição porque teve que fazer o que ele (Léo Pereira) não fez. Uma salada, tudo equivocado. “Meu time correu, chutou 45 bolas”. E daí? Foi organizado? Conseguiu o objetivo diante desse tipo de motivação? Não. Então não adianta falar que teve intensidade, tem que ter intensidade com organização. Essa é a diferença do futebol. Correr, às vezes ter raça, todo mundo pode ter, mas é você ser organizado dentro dessa motivação. O Flamengo que está com Renato hoje? Não está. O Renato é mais motivador, mais blá blá blá, e inclusive fugindo de pergunta, porque a coletiva foi tijolada pra cima dele, foi boa demais, e ele fugiu de todas -, concluiu.
Com a pressão sofrida, Renato Gaúcho chegou a colocar o cargo à disposição, mas a diretoria não aceitou a demissão do técnico. O vexame na Copa do Brasil, às vésperas de um confronto direto com o Atlético-MG, aumenta ainda mais a responsabilidade do comandante em tentar fazer o Flamengo renascer das cinzas.
Flamengo e Atlético-MG vão se enfrentar no próximo sábado (30), em uma espécie de ‘final antecipada’ do Brasileirão, visto que pode decidir o título do torneio. A partida será disputada no Maracanã, às 17h (horário de Brasília), e o Fla precisa vencer para manter as remotas chances de conquistar o tri inédito.
5 Comentários
Assisti vários programas com o Facincani, Sormani, etc etc, de todos eles, Facincani é
seguramente, o que diz mais bobagens. Neste comentário, concordo com ele, quando ele
escancara dois problemas antigos do flamengo, UM, o Diego ser o dono da bola, o primeiro
gol saiu no início do jogo por um problema antigo, Diego, com vários colegas pra passar ele
prefere conduzir a bola até perder. DOIS, o Leo P dá o bote errado,(esses dois problemas
são antigos), ou seja, Diego prender a bola e Leo P dar bote errado, mas, como resolver, não
temos outro zagueiro na esquerda, Gustavo H só joga na direita, Rodrigo C também, Bruno
nem pensar, sobra quem, Leo P, e Diego é nosso 10, capitão e líder, é muita coisa pra mudar.
O comentário foi excepcional e muito correto. O problema é que o Renato Gaucho é um técnico ultrapassado, não evoluiu e não conseque acompanhar as mudanças do futebol de hoje.
Esse comentário foi muito acertivo. O modo que o Flamengo jogou no ataque não foi dos piores, mas a desorganização defensiva assustou. Léo Pereira é um caso a ser estudado. Estava sempre fora da linha da zaga e isso comprometeu toda a defesa. No primeiro tempo porque saía pra dar o bote e perdia o lance, daí não conseguia recompor. Isso deveria ser corrigido pelo técnico, mas não foi. No segundo tempo o Léo virou quase um meia, organizando o jogo por dentro, e nos contra ataques do Athletico não dava tempo pra voltar. Entendo que é um zagueiro com maior qualidade no passe e o Renato talvez tenha aproveitado isso pra tentar sufocar o Athletico e ir pro tudo ou nada. Digo isso porque, se não era essa a ideia, não tem porque o Renato ter permitido aquele posicionamento de um zagueiro. Mas se for pra ter um zagueiro que não joga na zaga, não é melhor ter outro jogador? Poderia ter colocado o Thiago Maia, faria exatamente a mesma função que o Léo estava fazendo, só que com maior qualidade técnica.
Renato erra em privilegiar jogadores de fama que estão mal, como Gabigol, Everton Ribeiro, Felipe Luiz que não tem mais condições de correr atrás de um ponta veloz e Isla embora não tenha jogado mal, mas Mateuzinho e Rodinei são muito melhores.
O Flamengo jogou bem, os jogadores tem parcela de culpa ao perderem boas chances de gol, o goleiro engolir um frango e o juiz não ter marcado a falta que o Diego Ribas sofreu, ficou valendo a filosofia de não marcar faltas para deixar o jogo correr, favorecendo o infrator, e o pênalti que Bruno Henrique sofreu, pelo modo que caiu o empurrão foi forte. Nenhum dos dois casos o VAR atuou como deveria e os ” comentaristas de televisão fizeram olhos de paisagem. Lembram do gol e do pênalti claro contra Cuiabá que o juiz anulou? Quem se interessa?
Acho que esse foi o melhor comentário de um jornalista até agora.realista e objetivo.