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Uniformes, planejamento para o CBLOL, Free Fire e mais: confira entrevista com CEO do Fla Esports

Confira a entrevista com Jed Kaplan, CEO da Simplicity, empresa que gere os esportes eletrônicos do Flamengo.


Por: Yuri Sobral

Apesar de ser uma das principais potências nos esportes eletrônicos, o Flamengo vem em uma grande decadência. Já são dois anos sem título, sendo dois splits sem chegar sequer nos playoffs, apesar de ter ganho os dois títulos do Academy. No outro game, o Free Fire, a situação é ainda mais catastrófica: o clube encontra-se na Série C da LBFF, a Liga Brasileira de Free Fire. Jed Kaplan, CEO da Simplicity, empresa que gere a modalidade, concedeu entrevista ao Coluna do Fla e respondeu as principais questões sobre o futuro.

Um dos principais pontos tocados pela torcida nas redes sociais, o uniforme é um dos principais problemas apontados pela torcida e ex-jogadores. Fornecidos pela Adidas, marca que também produz das outras modalidades, os esportes eletrônicos nunca teve algo exclusivo. Há também relatos de ex-atletas de que não houve troca de enxoval entre 2020 e 2021.

Jed Kaplan respondeu dizendo que o fornecimento é feito pelo clube, por isso não houve troca das camisas entre um split e outro, mas revelou que os responsáveis pelos esportes eletrônicos estão trabalhando para algo novo na próxima temporada: “Os uniformes são providos pelo clube. Esse ano teremos novidades. O Flamengo e a Simplicity estão negociando para que tenhamos um uniforme específico para os Esports. Porém, esse processo ainda depende de aprovação do departamento de marketing“.

Em contato com jogadores que já deixaram o clube, houve um ponto bastante negativo. Segundo eles, havia falta de materiais de trabalho no office. Alguns monitores eram antigos, pequenos e fora de linha, muito diferente do que os clubes rivais tinham nos locais de trabalho. O CEO negou todas essas informações e explicou o motivo de ter peças antigas disponíveis na GH.

Isso não é verdade. Todos os computadores, monitores e acessórios estão novos. Nós temos patrocinadores e eles providenciam esses itens. Os computadores e acessórios antigos estão na GH para backup e também para que seja feita as streams.

Já para o Free Fire, o clube caiu da Série A para C em um único ano. Questionamos sobre a continuidade do clube no campeonato, e o CEO foi direto na resposta: “Possibilidades surgiram nestas últimas duas semanas e estamos trabalhando nisso. Assim que pudermos dar mais informações, iremos providenciar“.

Veja outros pontos da entrevista:

O Flamengo está se movimentando pouco no mercado, mas ainda estamos no início da janela de transferências. Qual vai ser o planejamento para 2022? Podemos esperar um time competitivo?

R: Para a próxima temporada, não estamos nos concentrando em grandes nomes do marketing. Estamos focados em jogadores que sejam muito fortes, mas que entendam que a equipe não é uma só pessoa. Sim, uma equipe na qual cada jogador tem um papel importante. E se eles se ajudam e brincam juntos, não importa o quão famoso você seja. A fama não ganha campeonatos… Já tivemos essa experiência antes. A equipe é composta por cinco jogadores e seus treinadores, não apenas um famoso. Eles são uma estrela combinada! Unidade, compromisso, responsabilidade, coragem e responsabilidade, todos combinados, vencem.

Um dos maiores problemas é a falta de transparência do clube com torcedor. A staff no Brasil não tem um canal pra se pronunciar, e vocês, aí dos EUA, quase não aparecem para dar satisfações. A impressão é que o torcedor está ficando cada vez mais distante do clube. Há algum tipo de trabalho para mudar isso em 2022? O torcedor pode esperar uma diretoria diferente e presente para a próxima temporada?

R: Isso está mudando agora. Porém, como somos uma organização empresarial, nem sempre podemos dar todas as respostas e explicações que os torcedores esperam. Gidd Sasser, nos EUA, e Laila Cavalcanti Loss, no Brasil, estão à disposição para falar com a imprensa. 

O perfil do Flamengo Esports é o pior dentre as equipes de esportes eletrônicos. Não avisam de jogos com antecedência e quase nunca interage com torcedor. As vezes, só descobrimos que estamos disputando final quando está na hora do jogo. Falta mão de obra. Você está ciente destes problemas? O que pode fazer pra mudar em 2022?

R: Estamos cientes e já estamos fazendo mudanças na área de marketing. Teremos um departamento de marketing unificado para todas as modalidades e uma agenda e cronograma que todos deverão seguir quando se trata de calendários e anúncios.

Higor Neves

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