Treinador tem estilo de jogo próprio, e o lateral esquerdo deve sofrer mudança tática
Paulo Sousa ainda não desembarcou no Brasil, mas muito discute-se sobre o estilo de jogo preferido do treinador português. O comandante, apelidado de ‘romântico‘ pela torcida rubro-negra, chega ao Rio de Janeiro na sexta-feira (07). O técnico deve mexer consideravelmente na forma de o time carioca atuar, e Filipe Luís pode sofrer mudança tática.
No momento ofensivo, o treinador gosta de jogar no esquema tático 3-4-1-2, com uma espécie de três zagueiros, mas nem sempre com três atletas oriundos da posição. Geralmente, um dos laterais torna-se defensor, enquanto o outro recebe maior liberdade para virar ponta. Filipe Luís é quem deve ficar mais preso, ajudando na saída de bola.
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É possível também haver troca simultânea entre os laterais. Ou seja, uma hora Filipe Luís e na outra Maurício Isla ocupa a posição de ‘terceiro zagueiro‘. Em outro setor no campo, no ataque, Pedro é quem tem grande chance de ser ganhar mais oportunidades. Isso porque, Paulo Sousa não se opõe a atuar com dois atacantes mais fixos, embora também jogue com apenas um, no 3-4-2-1. Com isso, o atacante pode fazer dupla com Gabriel Barbosa, então titular absoluto da equipe.
Apesar das preferências táticas, Paulo Sousa também é um técnico que se notabiliza pela capacidade de adaptação às peças que têm no elenco. Com isso, não é descartado o treinador armar o Flamengo no 4-4-2 ou no 4-2-3-1, formações que o time rubro-negro está mais habituado em usar nas últimas temporadas.
Paulo Sousa está estudando minuciosamente o elenco e já deve imaginar qual formação tática usará no Flamengo. Com o atual plantel, o treinador consegue ‘desenhar‘ o time conforme prefere. De certo, só saberemos como será o Rubro-Negro em 2022 a partir do dia 10 de janeiro, quando o elenco se reapresenta para dar início à pré-temporada.
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Felipe Luis já atuou praticamente dessa forma desde os tempos de Jorge Jesus e principalmente com Rogério Seni. Renato Gaúcho tentou usá-lo como ala tradicional e disso resultou um buraco defensivo que o Palmeiras soube aproveitar de forma planejada e consciente para abrir o placar na final da Libertadores. Felipe Luis, sob o peso de seus 36 anos, não tem mais velocidade para apoiar e defender. Foi assim que Roni, do "Verdão" pode correr livre sem marcação no corredor que Felipe Luis deixou atrás de si naquele jogo fatídico. Rogério Seni adotou a tal "assimetria tática" que consistia em segurar os dois zagueiros com o Felipe Luis em posição defensiva, e simultaneamente avançar, como se fosse quase um ponta direita, o Isla (ou o Matheuzinho). Penso que, atuando dessa forma, o Palmeiras não teria encontrado a facilidade que encontrou para fazer o primeiro gol na final da Libertadores.