Jogador foi chamado de ‘macaco’ por torcedores do Tricolor no clássico contra o Rubro-Negro
Dentro das quatro linhas, o clássico entre Flamengo e Fluminense terminou com vitória Tricolor, mas em âmbito extracampo, o duelo continua. Isso porque, está sendo investigado um caso de racismo contra Gabigol, que foi chamado de macaco por torcedores rivais. A perícia contratada pelo time das Laranjeiras, no entanto, alega resultado inconclusivo.
O instituto Forense Pro foi contratado pelo Fluminense para a perícia do caso, feita por Valéria Leal. Em documento de 29 páginas, onde foram analisadas cinco imagens, cinco vídeos e o link da postagem do Twitter no dia do clássico, a fala foi considerada ‘fragmentada’.
Segundo divulgado pelo Jornal O Globo, que teve acesso ao documento, uma das explicações foi a ausência de vibrações das cordas vocais no vídeo. Além disso, a perícia feita no estádio vazio concluiu que a identificação da pronúncia é considerada difícil, e que, com o local lotado, dificultaria ainda mais.
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Ainda de acordo com o veículo, a perita também apresentou um teste realizado em laboratório, para identificação da palavra ‘macaco’. Todavia, “devido ao ruído de fundo e mascaramento de sons externos, não é possível ter a certeza científica de que foi dito macaco”.
Enquanto a perícia do Fluminense alega resultado inconclusivo em documento de 29 páginas, a análise pericial do Flamengo, feita por Ricardo Molina, em documento de quatro páginas, confirmou racismo e, também, a autenticidade da gravação.
No último dia 18, Gabigol deu depoimento ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, o TJD-RJ, e afirmou ter ouvido gritos de ‘macaco’ vindos da torcida do Fluminense, mas disse não ter conseguido identificar o torcedor, que estava nas arquibancadas.
A Procuradoria do TJD-RJ, através do relator Rafael Fernandes Lira, escolhido por sorteio para avaliar o conteúdo. A previsão é de que as investigações sejam concluídas em 15 dias.