A derrota do Flamengo para o Fluminense, no último domingo (06), não caiu nada bem com a torcida. Isso porque, além do resultado em si, a Nação viu a equipe perder a cabeça em diversos momentos, caindo, assim, nas provocações tricolores. O fato é explicado pelo número de cartões de jogadores rubro-negros no clássico: sete dos 12 aplicados pelo árbitro. Apesar do espanto, a questão tem sido rotina em duelos diante de arquirrivais, especialmente de 2019 para cá.
Desde o ‘ano mágico’, o Mais Querido recebeu 118 cartões nos 35 clássicos que disputou (3,37 de média). Nas outras 188 partidas, foram aplicadas 417 advertências, ou seja, uma diminuição de 52% na média (2,22). Além disso, a maioria ocorreu por conta de atitudes antidesportivas. No duelo contra o Fluminense, por exemplo, Diego, Hugo Souza, Gustavo Henrique ficaram pendurados. Já Vitinho foi expulso por agressão.
Vale destacar, também, que mais da metade das oito partidas em que o Rubro-Negro recebeu seis ou mais cartões foram clássicos. Em três oportunidades, o Flamengo enfrentou o Fluminense, e em outras duas, o Vasco. Duelos diante de São Paulo, Ceará e Santos também estiveram na lista. A vasta maioria dos compromissos em questão aconteceram em 2019, ano em que o Mais Querido conquistou a Tríplice Coroa.
CONFIRA AS PARTIDAS EM QUE O FLAMENGO RECEBEU SEIS OU MAIS CARTÕES DESDE 2019*:
Carioca 2022 – 4ª rodada – Flamengo x Fluminense: (sete cartões)
Brasileirão 2020 – Santos 0 x 1 Flamengo (sete cartões)
Carioca 2019 – Semifinal Taça Rio – Fluminense 1 x 2 Flamengo (sete cartões)
Carioca 2019 – 3ª rodada – Vasco 1 x 1 Flamengo: (sete cartões)
Brasileirão 2019 – São Paulo 1 x 1 Flamengo (sete cartões)
Brasileirão 2019 – Flamengo 4 x 4 Vasco (seis cartões)
Carioca 2019 – Semifinal Taça Guanabara – Flamengo 0 x 1 Fluminense (seis cartões)
Brasileirão 2021 – Flamengo 2 x 1 Ceará (seis cartões)
A estatística pode alertar o torcedor sobre uma questão muito importante no Flamengo: o desequilíbrio emocional. Desde a saída de Jorge Jesus, em meados de 2020, o Mais Querido não possui um psicólogo e não vê necessidade de reposição na área. No entanto, em diversos momentos, atletas rubro-negros pareceram necessitar de apoio. É importante frisar que, na comissão técnica de Paulo Sousa, não há um profissional deste calibre.