Treinador passa por instabilidade política, performance questionável da equipe e a sombra de Jorge Jesus.
Por Fabiano de Abreu
O Flamengo vive numa balança de instabilidade com Paulo Sousa, isso traz à tona diversos problemas internos do clube. Ao mesmo tempo, torcedores e, até mesmo veículos de imprensa, discutem qual a porcentagem de “culpa” está dividida entre jogadores, comissão e, principalmente, lideranças políticas.
Algo que já fez parte do senso comum quando essa pauta entra em jogo é o sentimento de escolha precipitada, onde até mesmo a vaidade de algumas pessoas nas internas da Gávea podem ter influenciado uma decisão antecipada. Quando, na época, havia possibilidade de esperar por Jorge Jesus.
Numa breve análise das circunstâncias desse passado recente, o português, multicampeão pelo Flamengo, não pode tomar uma decisão porque existiam outras questões à mesa. Mesmo assim foi julgado, algo que acontece rotineiramente para as celebridades do mundo da bola e, na verdade, até hoje não sabemos o que aconteceu de fato.
No entanto, no cenário atual, permanece a pulga atrás da orelha da torcida: “Será que conseguimos trazer Jesus de volta, caso os resultados e performance permaneçam ruins?”.
Todos sabem que Paulo Sousa não tinha anteriormente um histórico que transmitisse a confiança que a massa rubro-negra deseja. Inclusive, antes do nome do treinador ser ventilado no mercado brasileiro, ele era apenas um promissor técnico da escola portuguesa. Isso para quem o já conhecia de ouvidos pela razoável seleção polonesa e os trabalhos na França e na Itália.
Porém, em comparação ao histórico de Jorge Jesus, que também foi alçado aos holofotes brasileiros através do Flamengo, mas, ainda sim, com um cartel de títulos em Portugal bem acima de Paulo Sousa. Desde o início do novo treinador, não foi possível notar uma grande evolução na equipe rubro-negra. Entretanto, é necessário considerar que já passaram-se muitos técnicos e a equipe base permanece a mesma.
Logo, nos leva a crer que o problema não é só tático ou da comissão em geral. Por isso, a necessidade de um comando de ponta a ponta… dos psicólogos aos fisioterapeutas centralizados como na época de Jesus.
Portanto, a equipe gerida por Paulo Sousa ainda não é um grande time, e ainda não consigo enxergá-lo como o grande mister responsável pela revolução no Ninho do Urubu. Ainda mais pelo retrospecto quando comparados ao próprio início positivo dos últimos comandantes, como Renato Gaúcho, mas o final todos sabem…
Enfim, o que o Mais querido precisa é de uma equação! Ou seja, uma conjunção de fatores além do futebol para que atinja o resultado esperado.