Torcedor faz campanha contra Cuca no Flamengo e sofre ameaças de irmão do técnico

Amauri Stival procurou o perfil de Giuliano Cosenza no Facebook para hostilizar e cobrar o rubro-negro

Com o Paulo Sousa balançando no Flamengo, o nome de Cuca passou a ser especulado como possível substituto no comando profissional do futebol do Fla. A chance do técnico ser contratado pelo Clube da Gávea caso o português ‘caia’, gerou polêmica. Isso porque, como o treinador brasileiro foi acusado de estupro na década de 80, um torcedor iniciou uma campanha contra a vinda dele para o Mais Querido. O rubro-negro em questão foi ameaçado pelo irmão mais velho de Cuca.

O torcedor do Flamengo Giuliano Cosenza mostrou as intimidações através das redes sociais. No Twitter, o rubro-negro expôs que foi procurado por Amauri Stival no Facebook. Na mensagem, o irmão de Cuca xingou Giuliano e, além disso, fez questão de chamar o Mais Querido de “bosta”. Amauri, no entanto, não parou por aí e mandou uma série de áudios ameaçando o torcedor, que fez questão de avisá-lo que o processará.

VEJA A MENSAGEM:

“Vagabundo e estuprador é seu pai, que deve ter estuprado sua mãe, seu vagabundo. Para dar a luz a você, se é que você nasceu e não foi cagad*, filho da put*. Você está na minha mira. Fica esperto. E respeito aos outros. Condenado é você, que não tem dinheiro nem para ir ver essa bosta desse Flamengo“, dizia a mensagem inicial.

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CONFIRA O RESTANTE DAS AMEAÇAS:

Aparentemente o irmão mais velho do Cuca não gostou que eu tenha dito que ele é condenado na Suíça e veio me ameaçar no Facebook pic.twitter.com/Eei61WtHIm

— Giuliano Cosenza (@CosenzaGiuliano) June 6, 2022

Pelo menos eu salvei o Flamengo de ser treinado pelo Cuca, família pic.twitter.com/JVETgtc4oJ

— Giuliano Cosenza (@CosenzaGiuliano) June 6, 2022

O cara tá muito dedicado em me matar pic.twitter.com/es0FCrdwqc

— Giuliano Cosenza (@CosenzaGiuliano) June 6, 2022

ENTENDA A ACUSAÇÃO CONTRA CUCA

Para entender o que aconteceu, é necessário relembrar um caso policial de 1987, em Berna, na Suíça, quando Cuca ainda era jogador e, à época, defendia o Grêmio. Naquele ano, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três atletas do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.

A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem ‘supostamente’ estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, nunca cumpriram a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

O caso aconteceu em julho e, em agosto, foi feito um acordo com a Suíça para que os atletas retornassem ao Brasil e respondessem o processo em liberdade. À época, o até então advogado do Grêmio, Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, conhecido como Cacalo, ficou responsável por defender os quatro atletas envolvidos na acusação de assédio sexual. Segundo ele, o Cuca não se relacionou com a jovem.

FLAMENGO DENTRO DE CAMPO

Com Paulo Sousa ameaçado no cargo, o Flamengo volta a entrar em campo nesta quarta-feira (08), quando vai até Bragança Paulista, enfrentar o Red Bull Bragantino, pela décima rodada do Brasileirão. O confronto acontecerá a partir das 20h30 (horário de Brasília), e pode determinar a permanência ou demissão do português do comando técnico do Mais Querido.