Recurso só deve chegar ao Brasil daqui a, no mínimo, quatro anos
A União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) anunciou que irá utilizar a tecnologia do impedimento semiautomático em suas principais competições: a Liga dos Campeões e a Supercopa. Estes serão mais dois torneios que terão o novo recurso. Isso porque, em julho, a Federação Internacional do Futebol (Fifa) já havia informado que a ferramenta será aplicada na Copa do Mundo do Qatar, prevista para novembro deste ano.
Vale destacar que a tecnologia do impedimento semiautomático vem sendo testada frequentemente desde 2020 e, por conta disso, passará a ser utilizada nas competições de futebol. No entanto, apesar do início da nova ferramenta estar próximo, a previsão é de que o recurso leve, pelo menos, quatro anos até chegar ao Brasil. As informações foram divulgadas primeiramente pela TNT Sports.
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O principal obstáculo para a utilização da tecnologia no Brasil se dá por conta do custo do sistema, que está fora da realidade brasileira. Além disso, metade dos estádios das Séries A e B não possuem estrutura física para se adequar ao novo recurso. Para operar, a ferramenta conta com cerca de 12 câmeras que podem monitorar até 29 pontos diferentes do corpo dos jogadores.
COMO IRÁ FUNCIONAR?
De acordo com a Fifa, a nova tecnologia usa 12 câmeras de rastreamento que ficarão sob o teto do estádio para rastrear a bola e até 29 pontos de dados de cada jogador individualmente, cerca de 50 vezes por segundo, calculando sua posição exata em campo. Esse levantamento será feito em todos os membros e extremidades de cada atleta que são considerados relevantes para fazer chamadas de impedimento.
Outro elemento determinante para a marcação dos impedimentos será um sensor de unidade de medição inercial (IMU) que será colocado dentro da bola. Esse dispositivo enviará dados para a sala de operação do VAR em até 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção precisa do ponto de chute. Juntas, as ferramentas, com auxílio de uma inteligência artificial, irão fornecer um alerta de impedimento automatizado para os árbitros de vídeo direto da cabine sempre que a bola for recebida por um atacante que estava em posição de irregular no momento do passe.
Antes de informar o árbitro em campo, os árbitros em vídeo validam a decisão proposta verificando manualmente o ponto de chute selecionado automaticamente e a linha de impedimento criada automaticamente, que é baseada nas posições calculadas dos membros dos jogadores. De acordo com a entidade, todo o processo acontecerá em poucos segundos e o público ainda poderá acompanhar uma animação 3D detalhando a posição irregular do atleta.