Rebeca Andrade comemora ouro histórico para o Brasil: “É para mostrar do que o preto é capaz”

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Rebeca Andrade é ginasta do Flamengo há mais de dez anos


Representando o Flamengo, Rebeca Andrade se tornou a primeira brasileira campeã Mundial de Ginástica Artística, na última quinta-feira (03). A ginasta conquistou o ouro inédito para o Brasil no individual geral do torneio, que aconteceu em Liverpool, na Inglaterra. Após o feito, a jovem de 23 anos comemorou e abriu o coração sobre as lutas que a fizeram chegar tão longe.

É pra mostrar do que o preto é capaz, né!? Eu me sinto muito orgulhosa de levar essa música para o mundo tudo. Fico feliz que ela ganhou essa medalha de ouro. Merecia muito. No Brasil, todo mundo que entende as dificuldades que uma atleta preta tem, que uma pessoa preta tem de chegar no alto rendimento de ter possibilidades, oportunidades… De certa forma tentar ajudar essas pessoas. Para chegar aqui hoje, tive muita ajuda no início -, disse, em entrevista ao SporTV, antes de completar:

Dos meus vizinhos, quando eu morava junto com a minha mãe, de emprestar dinheiro, de condução, de ficar na casa dos outros para eu conseguir treinar. Então foi muito difícil. Acho que essa medalha representa tudo isso, toda minha história, toda minha luta. Hoje ela foi premiada. Foi aqui e nas Olimpíadas também. Estou muito feliz de ser quem eu sou, de representar tudo que represento. Espero continuar fazendo história -, finalizou.


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Rebeca Andrade foi praticamente perfeita na quinta-feira (03). Somando 56,899, a ginasta teve apenas um erro enquanto se apresentava nas barras assimétricas. No entanto, mesmo assim, a atleta liderou todas as rotações do torneio. A brasileira fechou o dia com o solo.

Ao som da música ‘Baile de Favela’, que a sagrou campeã olímpica em Tóquio, Rebeca pôde se ‘despedir’ com chave de ouro. Sendo a última a se apresentar, a jovem já ficaria com o primeiro lugar com nota 12,900. No entanto, a ginasta brilhou e conquistou um 14,400, tornando a

Agora, Rebeca Andrade ainda tem outras três medalhas para disputar no Mundial de Ginástica Artística. A ginasta avançou em oitavo na trave, em terceiro nas barras assimétricas, e em segundo no solo, atrás apenas da brasileira Flávia Saraiva, também atleta do Flamengo. As disputas acontecem no próximo domingo (06), com transmissão do SporTV 2, em canal fechado.

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  • Rebequinha nosso orgulho.
    Só precisa trocar essa musiquinha ridículo…

  • Emocionante vitória do talento, da disciplina e da competência!
    Penso que deve deixar de lado estas divisões trazidas pela política tendenciosa (negros x brancos, homo x hetero etc). O importante é a pessoa e o que ela tem de bom. Não é maravilhosa porque é negra ou branca e sim, porque é disciplinada, dedicada e tem muito talento.
    A história mostra que existiram e existem negros e brancos destacados, há muito tempo. Só no esporte brasileiro, tivemos os grandes: Adhemar Ferreira da Silva, Nélson Prudêncio, Róbson Caetano, Aída dos Santos, João do Pulo, Joaquim Cruz, Alison dos Santos, Rafaela Silva, Servílio de Oliveira, Miguel Oliveira, Esquiva Falcão, Abner Teixeira, Maguila, Sissi, Formiga, Robson Conceição, Daiane dos Santos, Izaquias Queroz, Alex Mestre, Neymar, Leônidas, Zizinho, Escadinha, Rosa Branca, Iziane, Janeth e Alessandra (basquete), Romário, Pelé e tantos outros jogadores e jogadoras de futebol, vôlei, basquete etc, que não caberiam nesta coluna.
    Na música e noutros vários segmentos, teremos sempre muitos exemplos de talentos de pessoas negras e também brancas, como Machado de Assis e Rui Barbosa, que se tornaram mundialmente célebres e nasceram há quase 200 anos.
    Citei apenas brasileiros. Entretanto, se quisermos, encontraremos uma infinidade de outros grandes nomes estrangeiros, como: Jesse Owens, Serena, Ngappeth, Mbapé, Cassius Clay, Mike Tyson etc.
    Tudo é uma questão de talento, disciplina e competência!
    Rebeca é um doce rubro-negro e deve continuar a manter a sua linda cabecinha focada no esporte. Adotar discursos prontos e cair em armadilhas de mesmice, não vai agregar qualquer valor ao que tem de melhor.

  • É interessante como essa atleta não agradece ao próprio Flanengo. Foi assim também na Olimpíada. Nenhuma menção ao clube que a acolheu com estrutura e salário.
    Muito diferente dos irmãos Hipólito, que sempre foram gratos ao clube.

  • Tá na lacração também??? Larga os carrapatos pra lá, Rebeca.

  • Orgulho da nação!
    Sensibilidade social que certos dirigentes desconhecem.

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