Na última sexta-feira (3), Arthur Antunes Coimbra se ‘despiu’ da pessoa comum e virou o imortal Zico, que celebrou 70 anos. Em uma festa em que reuniu cerca de 500 convidados entre amigos, fãs e familiares no Jockey Club, Zona Sul do Rio de Janeiro, o eterno camisa 10 mostrou o porquê é considerado o maior ídolo do Flamengo em 127 anos de história.
Nas entrevistas que concedeu durante a chegada na festa do Baile de Galo, Zico falou do ex-clube, da carreira, da família, dos amigos. O ‘Galinho’ também agradeceu às homenagens que recebeu na final da Recopa entre Flamengo e Independiente del Valle na terça-feira (28), no Maracanã, expressando carinho ao mencionar o fato da idolatria que as pessoas têm por ele.
– É sempre gratificante. O Flamengo sempre esteve me homenageando e no dia a dia quando você encontra o torcedor na rua, no CFZ, quando alguém me dá uma camisa para autografar ou pede para tirar uma foto, tudo isso, são formas de homenagens. Não tem dinheiro nenhum no mundo que pague esses gestos de carinho que recebo dos torcedores e isso demonstra que deixei alguma coisa boa marcada na história -, revelou Zico que disputou 732 jogos e é o segundo jogador que mais vezes vestiu o Manto Sagrado.
Zico, que chegou ao Flamengo em 1967, aos 14 anos. Desde então, o ex-jogador fez questão de demonstrar toda a gratidão pelo reconhecimento que recebeu pelo que fez dentro de campo. Ainda sobre o clube de coração, o eterno camisa 10 deixa claro o comprazo pela aceitação dos fãs por tudo que já conquistou no gramado e, também, fora das quatro linhas.
– Sempre serei grato ao Flamengo. Foi este clube maravilhoso que me deu a oportunidade de poder ser quem eu sou no futebol, e uma coisa importante tanto quanto apenas jogar é que fui muito feliz em campo. Me considero um privilegiado, por ter jogado no clube do meu coração e meu pai ensinou a todos os meus irmãos a serem Flamengo. Isso é muito gratificante e além disso, participar das maiores conquistas do rubro-negras, é bom demais -, contou emocionado o gênio que pendurou as chuteiras oficialmente em 6 de fevereiro de 1990.
Zico aproveitou e falou sobre a questão da idolatria que exerce entre gerações de flamenguistas por todos os quatro cantos do mundo. Apesar de ter sido marcado em toda carreira como um jogador de estilo clássico e habilidoso, o ex-meia não fugiu quando questionado sobre como encara o fascínio que desperta nas pessoas.
– Encaro de forma natural e não há preocupação quando o assunto é idolatria. Sinceramente falando, me sinto torcedor igual a eles, vibro com os mesmos jogadores que eles, torço pelas vitórias como sei que eles torcem, me chateio quando o Flamengo perde, assim como sei que eles também se chateiam. Mas o que procuro falar para eles é que quando você começa a torcer para um time, é importante você conhecer a história do clube. O Flamengo tem história, assim como a Seleção Brasileira, a Udinese, o Kashima Antlers, e por meio dessas histórias é que eles vão saber quem eu fui nesses lugares onde joguei. Pra mim, essa é a única diferença entre nós, mas não há nenhum problema na questão de idolatria -, afirmou Zico com um sorriso de gratidão por tudo que conquistou no Rubro-Negro.
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