Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, entrou na discussão envolvendo Liga Forte Futebol e Libra. De acordo com o mandatário do clube mineiro, as cotas de TV, a falta de critério, a Lei do Mandante e a transmissão pay-per-view são os pontos divergentes que dificultam agremiações se entenderem sobre futuro do esporte no Brasil. Segundo o dirigente, não haverá ‘aperto de mãos’ enquanto não resolverem as questões. Flamengo e Corinthians, agremiações com maiores torcidas, foram alvo de críticas do dirigente.
— O Atlético tem desempenhado muito, assim como outros times, para tentar a união dos dois blocos. Existe um ponto muito difícil de se acertar, que é a cláusula de garantia ao Flamengo e ao Corinthians. Nós, da LFF, não concordamos com isso. Assim como a Leila (Pereira, presidente do Palmeiras) percebeu e não aceita também. E acredito que outros clubes da Libra deveriam acompanhar esse raciocínio. Se eles perceberam e estão de acordo, então paciência – afirmou Sérgio Coelho em entrevista, ao GE.
Para o presidente do Atlético-MG, outro ponto que causa polêmica e distanciamento entre os dois blocos está presente na proposta da Libra. O dirigente do clube mineiro revela que Flamengo e Corinthians manteriam, de 2025 a 2029, o mesmo valor recebido no contrato atual de TV, caso a distribuição das cotas da receita de transmissão de jogos da nova liga ficasse abaixo do que eles recebem. Daí os nomes de “estabilidade” ou “garantia”.
— Só existirá uma liga no futebol brasileiro se os 40 clubes se unirem. Sem essa união, não existe liga. A liga do futebol brasileiro tem que ser os 40 clubes, 20 da Série A, outros 20 da Série B. E com capacidade de organizar os Brasileiros das duas divisões, vender as propriedades juntos. Se não for dessa forma, as associações (LFF e Libra) não irão organizar seus campeonatos. Cada associação venderá seus direitos em blocos – disse.
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Sérgio Coelho ainda aponta que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que está na Libra, também já está em discordância com a “cláusula de estabilidade” e citou Flamengo e Corinthians. Para o mandatário da Atlético-MG, o documento deve manter valores mínimos dos direitos de TV para os dois clubes de maiores torcidas do Brasil para que não sejam mal visto pelos membros da Liga Forte Futebol.
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O presidente do Grêmio já deu a letra: se Flamengo e Corinthians negociarem seus contratos individualmente com as TVs, ganharão mais, muuito mais. Então, lugar de choro é na cama. Depois de 87, não existe mais "união" sem documento escrito e assinado, defendendo os interesses dos dois maiores times do BR, que representam quase (ou +) de 40% de todos torcedores. Negócio é negócio, e nesse caso, audiência é o que vale. SRN