Vinicius Júnior vai depor como vítima de crime de ódio após novo caso de racismo
O último caso de racismo sofrido por Vinicius Júnior ganhou repercussão mundial desde domingo (21), quando torcedores do Valencia (ESP) ofenderam o jogador do Real Madrid (ESP), em jogo válido pela LaLiga. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (26), Pep Guardiola, que é espanhol, saiu em defesa do atleta revelado pelo Flamengo. Além disso, o técnico afirmou que não está otimista em relação à evolução da Espanha no que diz respeito ao tema.
— Temos que aceitar a diversidade como ser humano, mas neste momento estamos muito longe disso. Não estou tão otimista, principalmente conhecendo a Espanha, que isso vá acontecer… Há muitos negros se apresentando para defender o que não deveriam defender. Vamos torcer para que a justiça o faça -, disse o treinador do Manchester City (ING).
Em outro trecho da entrevista, Pep Guardiola ressaltou que a LaLiga deve aprender com a Premier League a combater atos racistas. Segundo o treinador, a maior liga profissional de futebol do Reino Unido é bastante rigorosa quando o assunto é crime racial.
“Eles deveriam aprender (LaLiga com a Premier League). Aqui eles são muito rigorosos. Eles sabem o que têm que fazer. É um problema em todo lugar, não só na Espanha com Vinicius Júnior”, concluiu Guardiola, campeão da Premier League 2022/23 junto ao Manchester City.
RELEMBRE O CASO
O novo caso de racismo sofrido por Vinicius Júnior aconteceu desde antes de a bola rolar para Valencia (ESP) e Real Madrid (ESP), no domingo (21). Ainda do lado de fora do estádio, os torcedores do time adversário gritavam ao ex-Flamengo: “Vinicius é um macaco”.
Depois, já dentro de campo, quando o jogo estava no segundo tempo, a cada toque do atacante, torcedores do Valencia imitavam sons de macaco e proferiam xingamentos direcionados a Vini Jr. O ex-Flamengo chegou a reclamar com a arbitragem e identificou alguns do racistas nas arquibancadas. Após toda a repercussão do caso, o tribunal local convocou o jogador para depor como vítima de crime de ódio.