Pedro entra na mira de times da Inglaterra e da Arábia Saudita

Primeiro, o Pedro não poderia ser reserva nunca. Vou repetir quantas vezes forem necessárias: ele é um dos melhores centroavantes do Brasil (ou o melhor) na atualidade, e seria titular absoluto em qualquer time deste país. Primeiro ponto fraco desse técnico, para mim, é colocar Pedro e Gabriel para disputar posição (até porque os dois têm características diferentes), e claramente (em muitos jogos) dando preferência ao Gabriel, mesmo quando este não estava jogando nada. Se o técnico não consegue fazer esses dois jogarem juntos, o problema é o técnico.

Segundo, o Pedro é o tipo do jogador (a não ser que ele queira sair) que o Clube tem que fazer todos os esforços para não permitir que saia, a não ser que venham com um caminhão de dinheiro (que seja acima dos 150, 160 milhões). E em hipótese nenhuma pode ser negociado com qualquer rival brasileiro.

Terceiro, o fato de se esforçar para segurar jogadores imprescindíveis como o Pedro não dá “carta branca” para esses Dirigentes de bosta fazerem o que bem entendem com a base. Antes de negociar(desesperadamente) os jogadores da base, é preciso ter, minimamente, retorno técnico com os garotos. Para isso, qualquer técnico que assuma tem que ter obrigação (deveria ser cláusula contratual) de priorizar os jogadores da base sempre que possível. Não tem lógica, por exemplo, ter um jovem (com qualidade, preparo físico e, o que é ainda mais importante, disposição) mofando no banco (ou nem sendo relacionado) para dar moral para um David Luis da vida (pergunto mais uma vez: onde está o Cleiton?). Assim como não tem lógica deixar um medalhão se arrastando em campo (como aconteceu em muitos jogos), preterindo esses jovens jogadores (que poderiam fazer a diferença ou evitar alguns resultados horrorosos). Aí vende os jovens na primeira ou segunda proposta que aparece, para depois pagar uma fortuna por jogadores mais velhos (ou machucados, requisito que a Diretoria adora).

Desde que me entendo por gente (até 2019, diga-se de passagem) um clube sempre tem um time titular. De 2019 pra cá, quase todos os treinadores que passaram pelo Flamengo (exceção honrosa a Dorival Jr.) mudavam de time a cada jogo. Alguns tiveram a coragem de colocar Éverton Ribeiro, Marinho e Rodinei de lateral esquerdo, Diego Ribas de volante, Arão de zagueiro central, David Luiz de meia e outras bizarrices, muitas delas com resultados desastrosos. Quem teve a feliz idéia de criar 2 times “titulares”, um para as Copas e outro para o Brasileirão, foi Dorival Jr., e nem isso foi uma atitude inédita, pois Felipão já tinha feito o mesmo no Palmeiras em 2018.

A desculpa pra tanta mudança é o calendário “desgastante” que ninguém faz nada pra mudar, porque as premiações são milionárias. O engraçado é que o Flamengo ganhou tudo em 2019 com um time titular, que todos sabem de cor, a exemplo do time campeão de tudo na Era Zico. Claro que pontualmente entravam outros jogadores, nos casos de ausências, mas o time era sempre o mesmo. Claudio Coutinho, Carpeggiani e Jorge Jesus faziam questão de repetir os times, porque dá o entrosamento necessário aos jogadores, não gera ansiedade ou a insegurança de saber se estará no time no próximo jogo ou não. Os resultados disso todos conhecem, e nunca tinha atritos nos vestiários, nem “incômodos” ou “desconfortos” no aquecimento.

Usar o calendário para justificar mudanças até em escalação de treino é minimizar o problema. Faz tempo que o Flamengo vem “enfastiado” de títulos, quase todos ali, principalmente aqueles que viveram o ano mágico de 2019, acham que já ganharam tudo, já têm tudo e não precisam de mais nada. Um engano. Se esquecem que futebol estimula paixão nas pessoas, surgem novas rivalidades, o ambiente é sempre volátil. Um sujeito, ao longo da vida, troca de mulher, de emprego, de amigo e até de religião, mas não troca de time. Uma vez que entra no coração, não sai mais. É nisso que dirigentes, jogadores e treinadores têm que pensar, antes de tentar impor idéias e comportamentos que não batem com a paixão do torcedor, com sua sabedoria em termos de futebol, com seus sonhos e desejos. O Flamengo sabe “jogar bonito” e ganhar jogos. Por que não o faz? Quem mais levou em consideração esses “detalhes”, se deu bem. Os arrogantes, preguiçosos e omissos nunca se darão bem. Apesar do elitismo que afastou o torcedor comum das arquibancadas do Maracanã e de outros palcos, 90% da Nação é formada pelo povão, que é puro amor e paixão, que antigamente gastava o dinheiro do ônibus pra ver jogo do Flamengo e voltava pra casa a pé. Em mais de 100 anos de História, conseguimos arrebanhar 45 milhões de apaixonados. Não queiram ver tudo isso ir ralo abaixo por vaidade, arrogância, preguiça, omissão ou incompetência.

Pedro é indispensável ao Flamengo. Um belíssimo centroavante, matador, o melhor do Brasil. Qual time não gostaria de ter Pedro no elenco? Para o esquema do “maluco”, é quem se encaixa melhor, com pontas bem abertos, Pedro como referência, atraindo a marcação e as “surpresas” chegando de trás. Que alguns medalhões, que não estão jogando nada e só querem saber de festinhas, buxixos, baladas e “vida extra-campo”, vão parar no banco, pra pensar na vida. Pedro pode ser reserva? Claro. Desde que não seja por politicagem, preferência de dirigente por outro, que está jogando menos que ele, ou que já não é nem sombra do que um dia já foi.

Estamos falando do cara que tem um gol a menos que Haland sem ser titular, sem minutagem, tem ficado na reserva porque o mimado Gabi, resolveu dá uma de nove, o que nunca foi nem será, primeiro queria a dez, faz rachar elenco, nem para Pedro ir embora vamos ver esta diretoria achar alguém que chegue perto dele..