Advogados da família de Christian Esmério não entraram em acordo com o Flamengo
Das dez vítimas fatais do incêndio do Ninho do Urubu em 2019, uma ainda não entrou em acordo com o Flamengo. Os parentes do goleiro Christian Esmério tentam resolver, na Justiça, a questão a indenização. O clube quer parcelar o valor, porém, os representantes da família desejam taxa única. Um dos argumentos usados, inclusive, foi o receio de que o Rubro-Negro se torne uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“No caso do clube embargado virar uma SAF, como ficaria a situação?“, diz a defesa da família, de acordo com informação do O Globo. Além disso, o embargo de declaração alega que o pagamento em parcelas faria os parentes sofrerem toda vez que o dinheiro fosse depositado na conta.
“Todavia, devido todo os acontecimentos, os embargantes entendem que, ficarem vinculados ao clube embargado, por mais de 25 anos, é o mesmo que reviver, mensalmente, o trágico incêndio do dia 08.02.2019. Hoje, tudo que os embargantes querem e esquecer o acidente e darem continuidade em suas vidas, todavia, entrar para a folha mensal de pagamento do clube embargado impossibilitará os mesmos de fecharem esta página triste das suas vidas, relembrando, mensalmente, o incêndio em uma verdadeira tortura mensal“, alega a defesa.
VALORES
De pensão, o Flamengo pagaria R$ 2,1 milhões para os familiares. No entanto, houve aprovação de um parcelamento, em 25 anos, de quantia de R$ 7 mil por mês, segundo O Globo. Além disso, a defesa cobra valores retroativos, desde a tragédia de Christian e outros nove garotos, no início de 2019. Atualmente, o Rubro-Negro transfere R$ 5 mil para o pai e para a mãe da vítima.
“Soma-se, ainda, o fato de que o valor da pensão em parcela única não corresponder nem há 0,1% do que o clube réu arrecada com bilheteria em um clássico ou em um jogo de maior expressão, razão pela qual não fará falta ao orçamento do mesmo e nem irá atrapalhar as obrigações mensais que o mesmo tem“, completa a defesa.
INDENIZAÇÃO
A 33a Vara Cível do Rio de Janeiro determinou, na semana passada, o pagamento de quase R$ 3 milhões de indenização para a família da vítima. A decisão foi assinada pelo juiz André Aiex Baptista Martins, com possibilidade de abertura de vista para as partes impugnarem ou apreciar de uma vez.
Descaso como tratam o acontecido. Infelizmente ocorreu e não tem como voltar atras, a forma de tentar “corrigir” o acontecido é esse, e o Flamengo hoje como uma potência nacional e um clube estruturado é uma vergonha querer oferecer um pagamento num valor desse em 25 anos
Como Flamenguista sinto nojo disso. Querer parcelar 7 mil por mês, é uma vergonha. É uma ferida que a família vai reviver sempre. Paga logo e pronto. Encerra esse assunto.
Paga e pronto. Vira a página e cada um segue sua vida.
Ficar barganhando uma indenização por 2 décadas e meia é vergonhoso demais.
Essa diretoria nas finanças é ok, mas o trato humano é um deus nos acuda. Pelo amor de deus, paga logo! O valor é irrisório perto das vidas que foram perdidas. Deem um descanso ao sofrimento desses pais!!!
Desnecessário essa atitude do flamengo, como rubro negro chega a dar vergonha de certas atitudes dessa diretoria nesse caso com esses jovens.