A Conmebol realizou o sorteio da fase de grupos da Copa Libertadores da América na última segunda-feira (18). Com isso, o Flamengo conheceu os adversários que vai enfrentar na competição sul-americana, incluindo dois jogos na altitude. Para o maior ídolo do Fla, Zico, é um absurdo a entendidade permitir que os times joguem em um nível tão acima do mar.
— Pode ser que hoje a preparação seja diferente. Mas, em cima do morro, não tem preparação, não tem jeito. Só morando lá. Passei por isso e sofri muito lá. Outros profissionais sofreram junto comigo. Teve jogo que eu não consegui sair nem do hotel, porque passei mal, jornalistas sofreram. É um absurdo que ainda se permita jogar futebol em locais que não têm a menor condição. É como se na Europa você jogasse no frio abaixo de cinco ou seis graus. Um absurdo -, disse Zico, antes de completar:
— Então, acho que o adversário do Flamengo vai ser isso (altitude). Principalmente, porque você não tem tempo de adaptação. É jogo em cima de jogo. O Flamengo tem uma tabela incrível, que joga de três em três dias, parece que por durante quase dois meses. Tem que estar atento. É fato de os jogadores entenderem, se resguardarem, se preocuparem com descanso, alimentação, treinamento para, nesse período, que exige mais sacrifício, eles estarem bem para atingir o objetivo, que é ganhar mais uma Libertadores. Eles têm capacidade e qualidade para isso e tentar, mais uma vez, disputar o Mundial -, concluiu Zico.
Diante do Millonarios (COL), o Flamengo de Tite vai enfrentar uma altitude de 2.625 metros na Colômbia. Já contra o Bolívar (BOL), o ‘morro’ é mais alto, pois são 3.600 metros acima do nível do mar em La Paz, na Bolívia. Ambos os jogos acontecem ainda no primeiro turno da fase de grupos da Libertadores.
Antes de mais nada, vale ressaltar que a Conmebol ainda não divulgou as datas e horários dos jogos da fase de grupos da Libertadores 2024. Além do Bolívar e do Millonarios, o Flamengo vai enfrentar o Palestino (CHI), no Grupo E.
Quanto mais alto o nível do mar, mais prejudicial pode ser para o organismo dos jogadores. Isso acontece por conta do ar cada vez mais rarefeito conforme subimos (pouca presença de oxigênio), o que afeta a respiração, o coração e os músculos.
O ser humano pode sentir a diferença a partir dos 1.500 metros. Contido, o mais comum é que os sintomas comecem a se apresentar aos 2.000 metros de altitude. Nesta altura, é comum que o atleta sofra dores de cabeça, náuseas, tonturas, indisposição gástrica, vômitos, sensação de falta de ar, fadiga e letargia.
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Penso que deveria haver um posicionamento da CBF e de outras federações como a da Argentina (AFA), chilena, uruguaia e paraguaia, baseado em dados médicos, que contemplem os desafios aos atletas, sob condições extremadas de altitude.
Tal posicionamento conjunto deveria ser encaminhado à Conmebol e consultado à FIFA.
Sabemos que houve jogo de Copa do Mundo (FIFA) em altitude de 2.670 m (estádio de Toluca (México), mas isso deve ser reavaliado sob pareceres médicos.
O estádio do Unión de Minas, na cidade peruana de Cerro de Pasco, construído na altitude de 4.378 m. É um absurdo realizar competição internacional sob tal condição.
Este assunto deve ser explorado pela mídia e acho que Zico poderia ser seu grande porta voz.
Landim e demais presidentes de clubes e federações (classificados ou não para a Libertadores, Sulamericana 2024, além das eliminatórias de Copa do Mundo) deveriam apoiar veementemente a causa levantada por Zico.
Como mencionado na matéria, "quanto mais acima do nível do mar, mais prejudicial pode ser para o organismo dos jogadores. Isso acontece por conta do ar cada vez mais rarefeito conforme subimos (pouca presença de oxigênio), o que afeta a respiração, o coração e os músculos.
O ser humano pode sentir a diferença a partir dos 1.500 metros. Contido, o mais comum é que os sintomas comecem a se apresentar aos 2.000 metros de altitude. Nesta altura, é comum que o atleta sofra dores de cabeça, náuseas, tonturas, indisposição gástrica, vômitos, sensação de falta de ar, fadiga e letargia."
O que estamos esperando?
Estão apresentados os problemas críticos que afetam os jogadores não acostumados com altitudes acima dos 1500 m.
Acho até que a comparação de Zico, entre jogo em baixas temperaturas e jogos em altitude elevada, não é tão feliz.
Jogos em temperaturas pouco abaixo de zero grau, não dificultam tanto a respiração. Um aquecimento e uniformes apropriados, com uso de “segunda pele”, podem reduzir bastante os efeitos das temperaturas baixas. Também nesta condição, o ar deve ficar até mais denso e a oxigenação não deve ser afetada negativamente. Ainda assim, penso que jogos sob tais condições só poderiam ser realizados em estádios fechados e com calefação.