Bandeira de Mello defende punição para pessoa física em audiência de combate à violência em eventos esportivos

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Além do ex-presidente do Flamengo, membros de torcidas organizadas do Rubro-Negro discursaram na audiência


Por: Késia Alves e Leo José

Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello participou, nesta terça-feira (23), de audiência pública para debater estratégias eficazes no combate à violência em eventos esportivos. Na Comissão do Esporte, o ex-dirigente e agora deputado federal defendeu a punição ao CPF, ou seja, que as instituições não respondam pelos crimes específicos de torcedores.

CPF os bandidos têm, não adianta punir o CNPJ. Parece que as pessoas não querem punir os verdadeiros culpados. Além de punir o CNPJ das torcidas (organizadas), às vezes têm situações ridículas como punir o estádio… interditam o estádio como se o estádio tivesse culpa de alguma coisa -, disse Bandeira de Mello em parte do discurso na Comissão do Esporte.

Além disso, o ex-presidente do Flamengo usou as redes sociais para completar o pensamento sobre o assunto. Na ocasião, Eduardo Bandeira de Mello escreveu: “Reitero minha posição de que um torcedor violento não pode ser considerado um verdadeiro torcedor, mas sim um criminoso. É essencial que esses indivíduos sejam identificados, responsabilizados e punidos de acordo com a lei, através do seu CPF”.

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ORGANIZADA DO FLAMENGO ESTEVE PRESENTE NA AUDIÊNCIA

Além do ex-presidente do Rubro-Negro, representantes do 23º pelotão da Torcida Jovem do Flamengo, de Brasília, também estiveram presentes na audiência pública. Desse modo, o torcedor Rodrigo Patrício, membro da organizada que discursou na reunião, explicou ao Coluna do Fla a importância do debate, reiterando a fala de Bandeira de Mello em defesa da punição ao CPF.

A gente foi pleitear a punição ao CPF, porque, até então, não tem como ficar punindo só o CNPJ. Pune o CNPJ, mas deixa o CPF livre de quem realmente fez o problema, quem arrumou a briga, quem causou o tumulto. Então, a nossa reinvidicação é essa, que a punição saia do CNPJ da torcida organizada -, disse, antes de completar:

— Isso porque, bandeira, bateria e faixas não brigam, quem briga é o CPF. Dessa forma, se o Ministério Público, junto com a Secretaria de Segurança Pública, não tomar providência contra os CPFs de quem ocasiona isso, não vai ser punindo o CNPJ que vai parar -, explicou Rodrigo Patrício, em entrevista ao Coluna do Fla.

ENTENDA O PROJETO DE LEI

A audiência pública desta terça-feira (23) discorreu sobre o Projeto de Lei 2357/2023. Na ocasião, o objetivo é alterar a Lei nº 10.671, do dia 15 de maio de 2003, do Estatuto de Defesa do Torcedor. Sendo assim, caso aprovado, um conjunto de medidas serão adotadas para erradicar episódios de violência por ocasião de competições esportivas.

ENQUANTO ISSO…

Enquanto a Câmara dos Deputados segue se movimentando pelos bastidores do mundo do esporte, o Flamengo foca as atenções no próximo compromisso da temporada. Isso porque, o Rubro-Negro entra em campo às 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (24), quando enfrenta o Bolívar (BOL). Portanto, a bola rola no Estádio Hernando Siles, na altitude de 3.640 metros de La Paz, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores.

Como manda a tradição, o Coluna do Fla transmite o embate entre Flamengo e Bolívar, ao vivo, no YouTube. A cobertura mais rubro-negra e pé-quente da internet conta com narração do ‘brabo’ Rafa Penido. Além disso, os comentários são de Tulio Rodrigues. Por fim, a Globo (TV aberta) e a Paramount Plus (streaming) também exibem o confronto.

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