No Diário Oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro desta terça-feira (09), o município anunciou que lançou o edital para o leilão do terreno do Gasômetro, onde o Flamengo vai construir o estádio. A reportagem do Coluna do Fla teve acesso ao material de 71 páginas (acesse com um clique aqui) e traz alguns dos principais pontos. O lance mínimo para participar da disputa é de R$ 138,1 milhões.
“O Município do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Coordenação Governamental, com o suporte da Superintendência Executiva de Patrimônio Imobiliário (SUPPA), torna pública a realização da licitação, na modalidade de LEILÃO, LP – SMCG Nº 001/2024, do tipo MAIOR LANCE, para ALIENAÇÃO, SOB CONDIÇÃO SUSPENSIVA, DO DOMÍNIO ÚTIL DO IMÓVEL INDIVIDUALIZADO NO ITEM 4.1, conforme as condições estabelecidas neste instrumento convocatório e seus anexos”, diz o primeiro parágrafo do edital.
O leilão do terreno do Gasômetro acontece, portanto, no dia 31 de julho, a partir das 14h30 (horário de Brasília), no Auditório do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), localizado no bairro Cidade Nova, no Rio de Janeiro. Além disso, o edital aponta que, na área, obrigatoriamente deverá ser construído um “equipamento esportivo com potencial de geração de fluxo mínimo de 70 mil pessoas”.
“É considerado equipamento esportivo a edificação ou conjunto de edificações destinadas a abrigar, obrigatoriamente, grandes eventos de caráter esportivo, sendo igualmente consideradas aquelas que venham a ser implementadas em caráter complementar ou de suporte às atividades principais, tais como eventos culturais”, destaca outro trecho do edital.
– Plano de mobilidade urbana que privilegie o uso do transporte coletivo e acesso por pedestres nas imediações. O projeto deverá considerar obrigatoriamente o acesso de veículos de transporte individual de passageiros pelas vias internas do bairro de São Cristóvão. O acesso pela Avenida Francisco Bicalho, umas das principais vias da cidade, será proibido;
– Instalação, preferencialmente, de sistemas de captação e reuso de água da chuva para irrigação de gramados e uso em banheiros. Deverão ser usados dispositivos de baixo consumo de água em banheiros e vestiários;
– “Zonas de experiências”, com áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos;
– Calçadas largas e acessíveis, além de ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas;
– Projeto de estacionamento suficiente, preferencialmente subterrâneo ou em edifício-garagem;
– Implementação de “sistema robusto de coleta seletiva e reciclagem de resíduos”, assim como áreas de docas para coleta de lixo;
– Incorporação de painéis solares e outras fontes de energia renovável, além de estratégias que incluam compensação de carbono;
– Deverá ser usada iluminação LED de alta eficiência e sistemas de controle automatizado para reduzir o consumo energético;
– Integração da vegetação ao projeto, como jardins verticais e, preferencialmente, telhados verdes, para melhorar a qualidade do ar e reduzir a temperatura ambiente;
– Plano de Alcance Social que abranja impactos para as populações e comunidades do entorno, privilegiando a contratação de mão de obra local, projetos de qualificação profissional e educação esportiva e cultural;
– Integração com o entorno, o que inclui lojas, museu, restaurantes, bares e serviços.
Dessa forma, em recente entrevista, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, disse que a inspiração do estádio do Fla será a casa do Borussia Dortmund. Além disso, o mandatário garantiu que os setores atrás dos gols serão sem cadeiras e, no total, 15 mil lugares serão para os presentes assistirem em pé, com valores de ingressos mais acessíveis.
— Daria um estádio para 80 mil pessoas pelos estudos que a gente fez até agora. Tem que avaliar aspectos arquitetônicos, legalidade. Ingresso mais popular — disse Landim, no fim do mês passado.
— Uma promessa que a gente vai manter. Terá dois setores populares – os dois atrás do gol, mas um lado um pouco mais do que o outro. O estádio do Borussia Dortmund que tem a parte atrás do gol. Muralha rubro-negra. Vai ser caldeirão. Jogar lá vai ser mais difícil que o Maracanã — acrescentou, afinal.
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