Caso o Flamengo conquiste a Copa do Brasil em 2024, será possível fazer muitas comparações com o tri de 2013. Afinal, há 11 anos, o Mengão começou a campanha com um técnico ex-Seleção Brasileira. No caso, Mano Menezes. Posteriormente, quem levantou a foi o ‘prata da casa’ Jayme de Almeida. Agora, o Rubro-Negro deu início com o ex-Brasil Tite e terminará com o ‘novato’ Filipe Luís. Outra coincidência: no meio campo atual, Evertton Araújo está cotado para ser titular. Na década passada, outro garoto do Ninho brilhou: Luiz Antonio.
Assim como Evertton Araújo, Luiz Antonio foi ganhando espaço aos poucos no time do Flamengo e terminou com chave de ouro, sendo eleito o craque da final contra o Athletico-PR, no Maracanã. Agora, o meia de 33 anos, que defende Thanh Hóa (VIE), bateu um papo com exclusividade com a reportagem do Coluna do Fla. Na entrevista, muitos elogios ao volante do time de Filipe Luís.
“O recado que dou é ele continuar. Ele é novo, mas tem uma qualidade muito grande. Tem uma força, tem uma leitura de jogo muito boa, uma dinâmica que hoje o futebol mundial pede. Como eu vi uma entrevista do Filipe Luís falando um pouco dele, ele é um atleta que gosta de escutar, que está para evoluir, então acho que se ele continuar nessa pegada aí, continuar quieto, trabalhando na dele, comendo pelas beiradinhas ali, e aproveitar as oportunidades, eu acredito que ele tem tudo para daqui a um tempo virar titular absoluto e ser mais um prata da casa a jogar no Flamengo”, disse Luiz Antonio.
“Acho que ele tem tudo para isso, apesar de ter concorrentes muito fortes, jogadores que já têm um nome no futebol e uma experiência muito grande seleção e tudo mais. Acho que ele tem tudo para aprender com esses caras, aprender com o Filipe Luís, aprender olhando, observando e ter humildade de escutar e trabalhar forte todos os dias. Acho que isso vai fazer ele evoluir cada vez mais e aproveitar cada vez a oportunidade que ele está tendo. Fico feliz por ter pelo menos um jogador tendo oportunidade de jogar em finais no Flamengo”, acrescentou Luiz.
Apesar da vantagem do Flamengo por 3 a 1, obtida no Maracanã, Luiz Antonio sugere que o Rubro-Negro não só se defenda na Arena MRV. Pelo contrário, o meia espera e acredita que Filipe Luís vá manter o time ofensivo, no melhor estilo Mengão.
“O Flamengo tem que jogar como joga no Maracanã, lógico que a pressão é diferente, tem uma vantagem que ajuda, mas não pode acomodar, acho que acomodar é a pior coisa que pode acontecer nesse momento. É jogar como Flamengo vem jogando, para frente, se impondo o tempo inteiro, controlando o jogo, ditando o jogo do jeito que ele quer”, sugeriu Luiz Antonio.
“Fazendo os jogadores do Atlético se movimentarem do jeito que eles (rubro-negros) querem para poder ampliar esse placar, evitar tomar gols. Evitar erros, e mesmo tendo erros sem querer. Isso eu acho que é o que o Flamengo tem que fazer, jogar dessa forma fora de casa que eu acho que tem tudo para voltar de lá com o título da Copa do Brasil mais uma vez”.
Na campanha de 2013, o Flamengo viu Mano Menezes pedir demissão pouco depois da classificação para as quartas de final. Com poucas opções no mercado, o Mengão apostou no auxiliar Jayme de Almeida. E deu certo. Em 2024, a troca aconteceu em um estágio mais avançado. Após Tite colocar o Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil, o treinador acabou demitido, e o comandante do sub-20, Filipe Luís, assumiu a equipe principal. Luiz Antonio comparou as situações.
“Trocou um treinador experiente por um da casa, que conhecia o elenco, conhecia o grupo, estava ali muitos anos, conhece o Flamengo, a torcida e o ambiente em si, acho que isso facilitou muito para o seu Jayme (de Almeida) se adaptar muito rápido ali naquele momento e tudo. Ele conhecia com carinho cada jogador no seu particular. Ele tinha uma mente vencedora, ele já foi jogador. Então, ele entendia muito mais do que outras pessoas que chegam de fora para poder aos poucos incrementar o seu trabalho e entender o clube, o Flamengo em si, que é muito difícil de jogar e de lidar”, falou Luiz Antonio.
“Acho que isso foi um diferencial muito grande para ter mudado a chave e a gente ter conseguido ser campeão da Copa do Brasil naquele momento difícil que a gente estava, com a troca de treinador, com a fase não muito boa no Brasileiro e tudo, e acabou sendo uma motivação a mais para poder chegar à final da Copa do Brasil e ajudar o Flamengo a sair da zona de rebaixamento no Brasileirão”, pontuou o meia.
Na entrevista exclusiva para o Coluna do Fla, Luiz Antonio relembrou o momento mais marcante da campanha do tricampeonato, em 2013, e exaltou a importância daquele título para o futuro do Flamengo. Além disso, o ex-volante, que agora joga de ‘meia camisa 10’ contou como está sendo a vida do Vietña. Veja outros trechos da conversa.
“Acho que o jogo que fez a gente mudar de chave foi aquele do Cruzeiro. Tínhamos um time no papel que todo mundo achava inferior, que ninguém acreditava. A gente perdeu na ida de 2 a 1 para o Cruzeiro, que era líder do Campeonato Brasileiro. Tinha um timaço, com Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Dedé, Fábio, entre outros jogadores de nome, um elenco muito forte. Então, depois daquele jogo ali, percebemos que poderíamos chegar mais longe e mudou a chave. Mudou o comportamento nosso, tanto na Copa do Brasil, quanto no Brasileiro, e graças a Deus conseguimos chegar à final. Ser campeão foi importante para um grupo desacreditado, que era o nosso naquele momento”.
“O jogo mais marcante, tirando a final, acho que o do Cruzeiro. Foi marcante pela situação, pela diferença de elenco que tinha de um time para o outro, pelos títulos que um time vinha de um ano anterior e o que tava fazendo no campeonato naquela época. Então, acho que esse jogo contra o Cruzeiro foi muito marcante pela vitória em si virada, em cima de um elenco que era recheado de jogadores de nome, que vinha muito bem ao longo do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Todo mundo acreditava que o Cruzeiro seria campeão da Copa do Brasil”.
“Eu nunca tinha sido a parte principal, né? Sempre fui um coadjuvante que jogou, que sempre ajudou o time, que sempre estava disposto ali aquele trabalhador que ajudava o time. E eu consegui me destacar numa sequência de jogos, sendo o único menino da base que estava tendo uma sequência de jogos muito grande. Não fazia muito gol, mas ajudava o time taticamente, com passes para gol, dava mais assistência do que gol, ajudava o time ali muito na parte defensiva e na ofensiva junto com o Léo Moura”.
“Participei dos principais jogos, então acho que nesse momento ali eu vi que acabei encaixando e virando uma peça principal e importante do time. Então, isso me ajudou bastante. A sequência de jogos me ajudou bastante para poder virar de um coadjuvante, encaixar e virar um dos principais jogadores do time naquele ano, que foi importante para o clube, para mudar todo o patamar do Flamengo que mudou hoje, é o que dizem. Então, aquela Copa do Brasil ajudou bastante, ajudou para mim individualmente na minha carreira, ajudou nas experiências que eu tive, então foi muito importante aquele momento para mim, que mudou minha carreira”.
“Trocou um treinador experiente por um da casa, que conhecia o elenco, conhecia o grupo, estava ali muitos anos, conhece o Flamengo, a torcida e o ambiente em si, acho que isso facilitou muito para o seu Jayme (de Almeida) se adaptar muito rápido ali naquele momento e tudo. Ele conhecia com carinho cada jogador no seu particular, nas outras áreas e ele tinha uma mente vencedora que ele já foi jogador”.
“Então, ele entendia muito mais do que outras pessoas que chegam de fora para poder aos poucos incrementar o seu trabalho e entender o clube, o Flamengo em si, que é muito difícil de jogar e de lidar. Acho que isso foi um diferencial muito grande para ter mudado a chave e a gente ter conseguido ser campeão da Copa do Brasil naquele momento difícil que a gente estava, com a troca de treinador, com a fase não muito boa no Brasileiro e tudo, e acabou sendo uma motivação a mais para poder chegar à final da Copa do Brasil e ajudar o Flamengo a sair da zona de rebaixamento”.
“Eu acho que o recado que dou é ele continuar, eu tenho acompanhado um pouco de longe, tenho ouvido jogos deles, então tipo assim, ele é novo, mas tem uma qualidade muito grande, tem uma força, tem uma leitura de jogo muito boa, tem uma dinâmica que hoje o futebol brasileiro pede, que o futebol mundial em si pede, então o conselho é continuar. Como eu vi uma entrevista do Filipe Luís falando um pouco dele, ele é um atleta que gosta de escutar, que está para evoluir, então acho que se ele continuar nessa pegada aí, continuar quieto trabalhando na dele, comendo pelas beiradinhas ali, as oportunidades aproveitar, que ele vem aproveitando muito bem nos últimos jogos, eu acredito que ele tem tudo para daqui a um tempo virar titular absoluto e ser mais um prata da casa a jogar e virar titular do Flamengo”.
“Acho que ele tem tudo para isso, apesar de ter os concorrentes deles são muito fortes, jogadores que já tem um nome no futebol e uma experiência muito grande seleção e tudo mais, então acho que ele tem tudo para aprender com esses caras, aprender com o Filipe Luís, aprender olhando, observando e ter humildade de escutar e trabalhar forte todos os dias, acho que isso vai fazer ele evoluir cada vez mais e aproveitar cada vez a oportunidade que ele está tendo e fico feliz por ter pelo menos um jogador, mais de um jogador tendo oportunidade de jogar em finais e no Flamengo e aproveitando oportunidades dentro de campo”.
“Eu acho que o segredo com o elenco que o Flamengo tem de jogadores recheados que estão acostumados com um final e tudo, com a experiência que tem com o elenco, com a estrutura que o Flamengo tem, eu acho que o Flamengo tem que jogar da mesma forma que joga dentro do Maracanã, sem medo, para frente, não ficar esperando o time do Atlético tomar decisões. É se impor no campo, como ele sempre faz, controlar o jogo, saber lidar em cada situação, saber a hora de cavar falta. Saber a hora de acelerar o jogo, saber a hora de retardar o jogo, ter a leitura de jogos. Acho que tem muitos jogadores que têm essa leitura, e o Filipe Luís tem muito boa do lado de fora. Acho que esse é o segredo”.
“O Flamengo tem que jogar como joga no Maracanã, lógico que a pressão é diferente, tem uma vantagem que ajuda, mas não pode acomodar, acho que acomodar é a pior coisa que pode acontecer nesse momento. É jogar como Flamengo vem jogando, para frente, se impondo o tempo inteiro, controlando o jogo, ditando o jogo do jeito que ele quer fazendo os jogadores do Atlético se movimentarem do jeito que eles querem para poder ampliar esse placar, evitar tomar gols”.
“Evitar erros e mesmo tendo erros sem querer, como para mim, na minha opinião, o Léo Ortiz vinha fazendo uma ótima partida e acabou tendo o azar de uma bola errada do Zaracho ele foi antecipar, talvez que se fosse um passe certo de Zaracho ele conseguiria roubar a bola e acabou se atrapalhando ali um pouco a bola foi entre as pernas dele ele não conseguiu dar o passe e o Alan Kardec, inteligente, foi lá e fez o gol então acho que esse é o sinal. Isso eu acho que é o que o Flamengo tem que fazer, jogar dessa forma fora de casa que eu acho que tem tudo para voltar de lá com o título da Copa do Brasil mais uma vez”.
“Tem sido muito bom, é um país de custo-benefício, você vive muito bem com poucas condições financeiras, o ruim de estar longe da família, eu estou sozinho, sem minha esposa, sem meus filhos. É o segundo ano que eu estou aqui no meu time, em um ano eu consegui dois títulos, que foi o ano passado, consegui dois títulos ano passado, um vice-campeonato já esse ano na Supercopa, então teoricamente são três títulos em dois anos. Estou muito feliz, vivi ano passado um dos momentos da minha carreira mais artilheiro, fiz nove gols na temporada em 30 jogos, tenho jogado mais avançado de meia, de número 10, às vezes de segundo atacante, por ter essa qualidade, no Brasil todo mundo me olha e sempre me viu jogando de segundo”.
“O volante, de número 8, número 5, de um terceiro meia. Hoje, já eu sou um 10, já jogo na função do Arrascaeta ali perto do gol, então está sendo muito bom pra mim, estar mais perto pra poder finalizar mais. Sou batedor oficial de falta, de pênalti, de escanteio do time que me dá essa qualidade. Ganho respeito do país e dos times, então feliz, tenho a intenção de continuar aqui por mais uns anos e conseguir mais títulos, mais coisas na minha carreira visualmente e mais objetivos. Estou com 33 anos, mas quero mais, sempre mais, sempre mais e cada vez mais conseguindo viver melhor e aproveitar mais do futebol que eu acho que ainda tenho muito ainda pra dar”.
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Bacana a entrevista. Um cria do Flamengo que conhece o clube por dentro e disse coisas importantes. Flamengo tem que se impor. Luis Antonio trilhou um caminho com superação e talento e conhece os atalhos para a conquista. E o Flamengo sempre foi campeão mesclando a base com jogadores de fora. E hoje o Ewerton e o Wesley são os dois crias da base que trazem ao time esse espírito rubro-negro na sua essência. Não que os outros não tenham assimilado o espírito. Mas o menino que vem da base já tem esse espírito nato. O Flamengo vai fazer um partidaço manhã e vencerá o jogo no talento e na raça.
Traria de volta . Flamenguista e barato . Bom reserva para arrascaeta.
Pois eu tenho um conselho pra toda a base. Nem conversem com esse sujeito e fiquem longe do empresário dele.
L Antônio sempre foi meia boca
Eu acho que ele foi craque, mas não precisava ter feito aquela palhaçada de querer sair na marra quando tava no auge, acabou se queimando por escutar o empresario
Eu acho que ele foi craque, mas não precisava ter feito aquela palhaçada de querer sair na marra quando tava no auge, acabou se queimando por escutar o empresario, poderia ter sido muito mais.