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Braz aponta 2 principais erros durante passagem pelo Flamengo

Vice-presidente de futebol do Flamengo reconhece que poderia fazer diferente para manter Jorge Jesus


Antes mesmo da vitória de Luiz Eduardo Baptista para assumir a presidência do Flamengo, Marcos Braz havia anunciado que não seguiria como vice do clube em 2025. Em clima de despedida, o dirigente vive momento de reflexão e retrospectiva sobre o trabalho realizado nos últimos seis anos junto ao mandatário Rodolfo Landim. Em entrevista, o cartola apontou os dois principais erros cometidos no período: poderia ter tomado outra atitude para evitar a saída de Jorge Jesus e a demissão de Rogério Ceni.

Um momento que eu deveria ter brigado mais, deveria ter sido mais contundente: quando o Jorge Jesus sai, o Flamengo tinha um valor para o Jorge Jesus. Parte financeira. Jesus vai embora, este valor eu não tive para o outro técnico. Não me pergunta por quê, se o dinheiro era o mesmo. Foi quando eu trouxe o Domenec (Torrent) — disse Braz, em conversa com o comunicador Benjamin Back, no podcast ‘Benja me Mucho’.

Foi o técnico possível naquele momento, naquele orçamento. Se eu não me engano, eu queria contratar o (Leonardo) Jardim. Tinha até marcado um encontro com ele. Quando vi que meu orçamento era 1/4 do Jorge Jesus, fui na viagem mas não fiz o almoço — acrescentou o vice-presidente.

DEMISSÃO DE ROGÉRIO CENI

Além disso, Marcos Braz opinou que a demissão de Rogério Ceni foi um erro em 2021. O treinador vinha de três títulos: Brasileirão, Carioca e Supercopa. No entanto, o time caiu de produção durante as convocações das seleções, e o ex-goleiro acabou desligado, de maneira injusta, segundo o dirigente.

Acho que foi um dos erros que cometi: ter mandado o Rogério Ceni embora. Nunca falei isso. Não é que eu me arrependi, até porque quem veio foi o Renato (Gaúcho), pessoa fantástica, técnico fantástico. Mas acho que deveria — pontuou Braz.

O Flamengo estava sendo muito comprometido em relação às convocações do Tite, e tinha uma promessa da CBF de estender o campeonato, o (Rogério) Caboclo (presidente) cai, o campeonato não é estendido, e a gente é obrigado a jogar numa loucura, em 18 dias jogamos sete partidas. O Rogério (Ceni) pegou uma parte dessa turbulência, e fizemos a opção de mandar embora — concluiu.

RELEMBRE OS CASOS

Após o ano mágico de 2019, o Flamengo renovou o contrato de Jorge Jesus até 2021. Porém, ainda em 2020, pouco depois da assinatura do contrato, o português recebeu uma proposta irrecusável do Benfica (POR). Por fim, o Mister apontou a pandemia como um dos fatores que o motivou voltar para a casa.

Já no caso de Rogério Ceni, a demissão ocorreu após uma sequência de títulos. Afinal, em fevereiro de 2021, o Flamengo ganhou o Brasileirão de 2020. Em abril, o Mengão bateu o Palmeiras na Supercopa. Já no mês de maio, aconteceu a conquista do Carioca sobre o Fluminense. Mesmo com a boa sequência, o ex-goleiro caiu em julho, em um momento de muitos desfalques no elenco.

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  • Outro grande erro foi demitir o Dorival depois dos títulos da Copa do Brasil e Libertadores no final da temprsda e início de férias longas em cima de uma decisão de Super Copa e Mundial. Deu no que Deu. Depois disso o time nunca mais se recuperou direito.
    Mesmo tendo conquistado muitos títulos, fizeram muitas varberagens nas contrações de jogadores em fim de carreira como Vidal? David Luiz e tantos outros e vendendo as revelações que já eram realidade, com preço aquém do mercado como João Gomes e comprar agora esse Alcaraz, que Deus permita que eu queime a linha, mas parece que vai ser outro Lucas Mugni e o Cuello.