Sou da teoria que ídolos devem se aposentar no time que os tornou assim. Léo Moura é ídolo do Flamengo. Isso não se contesta. O problema é que pouco a pouco ele destrói essa imagem na cabeça da nação.
Adriano saiu do flamengo com um Brasileiro nas costas. Foi pra Roma não jogou. Foi pro Corinthians não jogou. Voltou pra o Fla e não jogou. Mas a última imagem que o flamenguista tem dele, é a do título de 2009. E por isso, mesmo aposentado, ainda faz com que grande parte da torcida o peça no time. Por quê? Porque quando estava em campo não nos decepcionou.
Zidane foi um caso clássico de quem sabe se aposentar por cima. No seu último ano de carreira ainda jogava muita bola, levou sua seleção a uma final de copa do mundo, e só não parou como melhor do mundo por ter dado aquele vacilo na final. Hoje, muita gente olha pra o Zizou nos amistosos (incluindo eu) e fala: “Ele ainda tinha lugar na meiuca do meu time”.
Quando um jogador para antes de ser criticado, quando ele próprio assume que não dá mais, sentimos saudades. Fabio Luciano soube fazer isso. Hoje todos nós sentimos saudades do nosso xerife. Vendo o que o Léo vem fazendo, principalmente esse ano, quantos torcedores do Flamengo irão sentir saudades dele? Poucos. Talvez daqui a um bom tempo, quando tudo isso for esquecido, e apenas as glórias forem lembradas. O Léo devia ter parado no fim do contrato ano passado. Não parou e a cada jogo que passa se queima mais. Chega a ser chamado de câncer do time por alguns torcedores. Ainda dá tempo. Capitão, você já fez o que podia, não tem nada pra provar pra ninguém, e o que faz hoje, qualquer lateral da base pode fazer. Para Capitão, ainda dá tempo.
Fonte: Sempre Flamengo