Rafael Marques abriu o placar no primeiro tempo que foi todo Botafogo, com Vitinho jogando muito e passando pouco a bola, Lodeiro se mexendo, Seedorf seedorfando e se doando, Rafael dando opções, o Fogão jamais deixando a bola com o Flamengo.
O gol que foi pouco pelo melhor jogo do ajustado Fogão só não foi mais por ser a rede do novo Maracanã aquela praga que se vê desde a Copa-86 em muitos campos, em todos as maquetes mequetrefes dos plastificados estádios padrão Fifa dos patrões padrastos do futebol. Zico já tinha falado.l: não tem mais chuá no Maraca. Não teve mais bola no fundo da rede. Ela entrou e saiu fácil. Ela não ficou no filó. Não fixou na rede. Ela bateu e saiu. Rapidinha. Sem amor. Sem ficar. Ou só ficando. Sem namoro. Sei lá.
Deixando a saudade de lado, na troca de lado mudaram os times. O Botafogo esqueceu de marcar e jogar e atacar. O Flamengo de Mano lembrou que era Rubro-Negro. Pensou e jogou grande com Adryan. Até com Luiz Antonio. Amassou e arrematou o rival.
Fez um, mas Elias estava impedido. Fez outro, mas Elias, nesta opinião, se aproveitou claramente da posição de impedimento e ganhou vantagem indevida da bola que bateu em Bolívar. Não vi o zagueiro botafoguense a dominando. Eu daria o impedimento. Em lance mais que discutível.
E dou os parabéns à superação do Flamengo. Que mereceu mais que o empate aos 49 minutos, com Elias como meia-atacante mais atacante que meia. Ele que foi escalar a escadinha e celebrar com a galera como se fosse a velha geral.
Sei que a regra não permite. Sei que é por segurança. Sei que pode causar mais tumulto. Mas em um estádio, Ops, arena, em que quase nada pode, nada como um golzão para gozar um tempo que a bola entrava e fazia chuá no Maraca. Em que um artilheiro saía de campo para celebrar com quem merece.
Obrigado, Botafogo e Flamengo, pelo retorno das duas equipes ao Maracanã. Obrigado, Elias, pelo retorno do torcedor ao Maraca.
Arrá, urru, a arena é deles.
Fonte: Lancneet