Não respeitar um adversário é algo natural do futebol. Acho que até hoje as 21h era aceitável ver um torcedor do Vasco ou de qualquer outro clube torcendo “contra” o Julio Cesar. Embora eu tenha considerável dificuldade em amar futebol e me negar a ver a beleza que há em momentos como os de hoje, respeito quem tem essa limitação.
Agora, as 22h, Julio é uma lenda, não mais um goleiro. E como tal deve ser respeitada, contada, repassada e exaltada sempre que possível.
Julio César é como Mike Tyson. Talvez ele não tenha sido o melhor no resumo da ópera. Mas o melhor momento dele é melhor do que o de todos os demais.
Ninguém bateria no Tyson de 1988. Ninguém foi melhor goleiro do que o Julio César em 09/10.
Talvez você tenha a memória curta, seletiva ou meramente maldosa. Mas além do 7×1, onde ele não teve culpa em nenhum dos gols e salvou a seleção jogos antes contra o Chile, ele tem também alguns outros momentos pra se lembrar.
O dia do “gol do Pet”, em atuação memorável.
O dia do gol do Adriano contra a Argentina. Lembra quem nos deu o título nos pênaltis? Pois é.
Ou a incrível Copa das Confederações de 2013, onde humilhamos a badalada seleção espanhola com outra grande atuação do nosso goleiro.
Talvez você goste de futebol europeu e queira se lembrar da Champions que ele ajudou a dar pra Inter. Ou dos outros diversos títulos que foi fundamental por onde passou.
Talvez lhe reste mesmo o 7×1. Eu respeito a burrice e a inveja. Elas são legítimas e não são opcionais na maioria dos casos, portanto eu as respeito.
Hoje o Maracanã se despediu de um filho querido que viu nascer, literalmente. Encheu a casa pra dizer “obrigado” a quem há muito não nos visitava. Julio foi um goleiro brilhante, de carreira de postura exemplar e de altos e baixos que fazem os 38 anos dele terem valido mais a pena do que os 80 da maioria de nós.
Jogador de futebol a gente corneta, elogia e vaia. Lendas a gente respeita. Hoje as 21h Julio Cesar virou lenda. O maior que alguns já viram, um dos maiores que qualquer teimoso tenha visto.
Se de alma rubro-negra, hoje pouco importa. Juan e Julio se encontraram no mesmo estádio que começaram pra se olhar nos olhos e chorar por terem “chegado lá”. Exemplo, motivação, inspiração.
Abraçados, jogadores de origens diferentes na vida mas não no futebol. E com carreiras tão brilhantes quanto, e um final na mesma casa em que nasceram, nos braços de quem os embalou pela primeira vez.
Se isso não é uma história incrível pra contar, guardar e se emocionar, eu realmente espero que você torça pro Chelsea e ache que a emoção do futebol está em ver tv domingo de manhã e nunca abrace seu pai chorando num estádio. Você não merece.
Obrigado, Julio!
abraços,
RicaPerrone
Independente dos 7×1, foi o melhor goleiro que vi jogar (na minha época, lógico)! SRN!
Pra mim ficou atras do dida e do taffarel.
e o Bruno?
Bruno n teve tempo nem carreira pra estar no nivel desses citados.
O próprio Bruno escreveu e direcionou sua história….
Nada mais do que a própria história hoje conta.
Bruno nao chega nem aos pes da carreira que o J.Cesar teve,e nem deses outros citados.
Penso da mesma forma
O Curintia vem forte de novo esse ano pra ganhar mais um brasileiro,
mesmo com todas as dívidas, vai ser difícil bater eles num campeonato
longo.
Tapa na cara de quem diz que gestão honesta e transparente com continha paga ganha algo.
Time do Parana é fraquinho demais,vai voltar para a serie B de novo…
Forte é o do América-Mg e o do Vitória.
Pessoal gosta de se iludir mesmo …
A grama do vizinho sempre e a mais bonita….
América-MG não foi campeão da série B à toa, ontem ele mostrou isso.
Amigo, gestão honesta e transparente é obrigação. Sem sentido é esse seu comentário, que a contrário senso parece dizer que o melhor mesmo é roubar e depenar o clube que não faz a menor diferença.
Torce para o curintia e vota no Lula
Uma das melhores publicações do Rica Perrone.
Taffarel, Dida, Marcos, Rogério Ceni E Júlio César os últimos e maiores goleiros que vi nos últimos anos, respeita esses caras requer menos clubismo, Obrigado Júlio César ?, você foi incrível!
Fenomenal
Esse seu texto mostra bem o que é o Flamengo dos últimos anos, pois o Julio, o Juan e o Adriano foram os 3 últimos jogadores criados em casa que se transformaram em ídolos, e isso faz mais de década. De lá pra cá a maioria “não serviu” ou virou moeda de troca.
Belo texto.J.Cesar foi um monstro de goleiro,e merece todo respeito por isso,alem de ser um dos grandes idolos do flamengo;tendo salvado ele de alguns rebaixamentos.
você é f…é da geração do verdadeiro futebol brasileiro, parabéns!