FOTO: ALEXANDRE VIDAL / FLAMENGO
O Flamengo paralisou todas as atividades tanto na sede da Gávea quanto no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu, por conta da pandemia do coronavírus. Após 25 dias e com os atletas de férias coletivas até, pelo menos, 20 de abril, o Rubro-Negro já manifestou o desejo de não se precipitar quando for para retornar à normalidade.
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Na reunião com a Confederação Brasileira de Futebol, terça-feira (07), o Flamengo avisou que deseja seguir a recomendação dos especialistas da medicina, conforme informou o portal do Lance!. O Rubro-Negro ressaltou o fato de querer fazer uma nova pré-temporada de ao menos 15 dias, para evitar lesões futuras.
A preparação seria com enfoque na parte física dos jogadores, para precaver os atletas de lesões ligamentares e musculares. Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, foi o responsável por falar sobre o tema na última terça-feira (07), quando representantes de clubes da Série A e B se reuniram por videoconferência, para discutir o decorrer do calendário 2020.
— O Flamengo já vem estudando isso (de protocolo médico). Já estamos conversando com clubes da Europa que estão praticando isso. Temos detalhado todo esse processo, tanto de treinamento de nossos jogadores em casa quanto o processo de volta deles. Já temos isso tudo planejado para iniciar isso tudo no dia 21 de abril de tal forma que no início de maio já tenhamos condições de disputar qualquer campeonato. Conforme acordamos com os clubes da Série A, nós ficaríamos de férias até 20 de abril e se quiserem que a gente divida um pouco o que a gente já estava pensando em fazer, pode nos pedir que eu coloco os nossos médicos em contato -, falou Landim, de acordo com informações do jornal “O Dia“.
Especialistas da área têm frisado a importância dos atletas terem um período de preparação antes das competições serem retomadas. Porém, ainda não há prazo para que os torneios sejam reiniciados. O Flamengo prevê que os jogadores se reapresentem no dia 21 de abril, após os 20 dias de férias. No entanto, o clube trabalha com a possibilidade de estender o período por mais dez dias, pelo menos, caso a pandemia do Covid-19 ainda não tenha sido controlada no Brasil.
— A interrupção completa das atividades físicas seria fatal para os atletas: para cada 30 dias fora das atividades, espera-se uma perda de aproximadamente 30% da força muscular. Se a perda de força é rápida, o ganho acontece de forma muito mais lenta -, disse João Hollanda, ortopedista especialista em joelho e lesões no esporte, em entrevista ao Lance! no dia 22 de março. O médico ainda completou:
— Podemos dizer assim que, em um cenário mais positivo, com liberação da volta aos treinos em até três semanas (o que não aconteceu), o retorno precoce às competições seria razoável. Não há indícios de que isso vá acontecer. No caso de um afastamento mais prolongado, querer retornar para as competições sem passar por um novo período de pré-temporada seria bastante temeroso, não apenas do ponto de vista técnico como também pelo risco de lesões -, encerrou Hollanda.