Fonte: Mauro Cezar Pereira
A Lei Estadual número 4.476/04 da acesso a menores de 12 anos aos jogos de futebol no Rio de Janeiro. A 1.833/91 concede o mesmo benefício a quem tem pelo menos 65 de idade e a 1.833/91 aos deficientes físicos. Há ainda a Lei Estadual 6.865/14, que beneficia os ex-atletas profissionais em competições esportivas. Já a 3.364/00 assegura meia entrada a quem tem até 21 anos.
Também pagam a metade do ingresso os professores da Rede Pública da capital, graças à Lei Municipal 3.424/02. A 2.519/96 (do Estado) e a 1.869/92 (do município) garantem meia entrada a estudantes. Isso “mediante apresentação de documento de identificação estudantil expedido pelo correspondente estabelecimento de ensino, associação estudantil ou pela agremiação estudantil a que pertençam”.
A pergunta que você deve estar fazendo é: quem paga inteira no futebol carioca? Os clubes são reféns e nao costumam se manifestar contra os benefícios criados por políticos de postura clientelista. Casas de shows, cinemas e outros espaços não são atingidos pelo “presente” concedidos a parte do povo com a contribuição forçada dos times. Nos outros Estados não funciona assim.
Num jogo que lotaria até o velho Maracanã com seus mais de 150 mil lugares, como a recente decisão carioca entre Botafogo e Vasco, milhares de torcedores ficam de fora sem ingressos. E a minoria, que se beneficia das gratuidades, sequer as utiliza na totalidade. Pior é que habitualmente os clubes aumentam os preços para quem paga a inteira. Esse torcedor, de certa forma, subsidia os “caronas” legalizados.
Confira, abaixo, o movimento em clássicos realizados no Maracanã, neste ano, pelo Campeonato Estadual. A média de ocupação dos setores destinados a quem não paga por força de leis é de 36,3%. Nenhum jogo chegou aos 60%. Nos de público inferior o problema é menor, mas nos cotejos de grande demanda, pessoas querendo pagar ficam fora para que lugares permaneçam desocupados, esperando quem não vai ao estádio.
Bizzaro! E vai continuar agora, no Campeonato Brasileiro,
– Botafogo x Flamengo (1/3)
Gratuidades disponiveis: 8.827
Gratuidades utilizadas: 4.116 (46,6%)
– Fluminense x Botafogo (8/3)
Gratuidades disponiveis: 8.823
Gratuidades utilizadas: 2.442 (27,6%)
– Flamengo x Vasco (22/3)
Gratuidades disponiveis: 8.813
Gratuidades utilizadas: 3.432 (38,9%)
– Vasco x Botafogo (29/3)
Gratuidades disponiveis: 8.727
Gratuidades utilizadas: 2.641 (30,2%)
– Flamengo x Fluminense (5/4)
Gratuidades disponiveis: 8.825
Gratuidades utilizadas: 3.797 (43,0%)
– Fluminense x Botafogo (11/4)
Gratuidades disponiveis: 8.825
Gratuidades utilizadas: 2.371 (26,8%)
– Vasco x Flamengo (12/4)
Gratuidades disponiveis: 8.825
Gratuidades utilizadas: 2.377 (26,9%)
– Flamengo x Vasco (19/4)
Gratuidades disponiveis: 8.826
Gratuidades utilizadas: 3.389 (38,3%)
– Vasco x Botafogo (26/4)
Gratuidades disponiveis: 8.825
Gratuidades utilizadas: 4.641 (52,5%)
– Botafogo x Vasco (3/5)
Gratuidades disponiveis: 8.819
Gratuidades utilizadas: 5.291 (59,9%)
Então porque não diminuem as gratuidades para 4 ou 3 mil? Porque querem prejudicar e sugar os clubes do RJ? Porque governo, Ferj e Consórcio não se manifestam dão. explicações e falam que vão tomar medidas para ajudar os clubes e não sugar? Que incompetência absurda e prejudicial para esses órgãos e entidades chamadas Governo, Ferj e Consórcio e ainda quer atingir os clubes mas o Flamengo está blindado dessas falcatruas e vai se fortalecendo mesmo contra isso, o Flamengo está fazendo a parte dele, mas o governo, Ferj, STJD, Consórcio, e outros times estão desorganizados e não percebem.