Em encontro, grupo com representantes das quatro séries do futebol faz propostas de melhorias e sugere profissionalização, auditoria externa e recurso de vídeo
Profissionalização, fim do sorteio, escalação por pontuação e, principalmente, uso da tecnologia. Essas são algumas das sugestões dos clubes para a melhoria da arbitragem brasileira. Nesta quinta-feira, integrantes do Conselho Técnico de clubes se reuniram na CBF para discutir planos de trabalho do grupo, e a principal pauta foi a arbitragem. O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, estava presente no encontro e levará as propostas à Comissão Nacional de Arbitragem e a Marco Polo del Nero.
Atlético-MG, Atlético-PR, Grêmio, Corinthians e Fluminense são os representantes da Série A no Conselho. Os presidentes de ABC e Atlético-GO representam a Série B, o ASA é o clube da Série C, e o Nacional-AM está no grupo como clube da Série D. Na reunião desta quinta, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, também esteve presente, mas como convidado. Roberto de Andrade, dirigente máximo do Corinthians, disse que o uso da tecnologia na arbitragem foi uma sugestão prontamente aceitada por todos os membros.
– O que a gente tem que propor é levar algumas coisas para melhoria. Uma solicitação é para que coloquemos o árbitro eletrônico, para que lances capitais do jogo, um pênalti, uma bola que passou da linha ou não, impedimento, que se consulte o vídeo e tome a decisão baseado no fato. Se o presidente da CBF acatar, já será um passo muito grande – comentou o dirigente.
O uso da tecnologia só seria possível mediante autorização da Fifa. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, a entidade já tem um projeto para implantar o recurso. O modelo foi idealizado por Manoel Serapião, ex-árbitro FIFA, atual instrutor técnico da Escola Nacional de Arbitragem e representante brasileiro nos encontros da IFAB (International Football Association Board), entidade responsável pelas mudanças nas regras do futebol.
– A Fifa já está estudando isso. A IFAB é conservadora. Para mudar a regra, tem que mudar no mundo inteiro. Tem Série A, B e C de todos os países. É muito difícil que isso aconteça – declarou Sérgio.
A sugestão dos dirigentes partiu do exemplo holandês, que pediu a autorização para o uso do vídeo em partidas no futebol amador, mas pretende, implementar entre os profissionais. Segundo Sérgio Corrêa, o projeto na Holanda é semelhante ao idealizado por Serapião.
Fonte: GE