As mudanças com as chegadas de Carlos Eduardo, Elias, Gabriel, João Paulo e Wallace, não são apenas dentro das quatro linhas. Todos os jogadores tiveram que se adequar a nova política salarial do clube e ajudaram o rubro-negro a conseguir uma redução de R$ 600 mil na folha de vencimentos do futebol.
E na política de reestruturação, a nova diretoria “tira” do futebol para “investir” em outras áreas. A aposta da vez da gestão que assumiu o Flamengo há pouco mais de 20 dias é em um time de executivos com salários caros, dignos das estrelas das quatro linhas.
Juntos, Marcelo Corrêa (diretor geral), Paulo Pelaipe (diretor de futebol), Fred Luz (diretor de marketing), Marcelo Vido (diretor de esportes olímpicos), Paulo Roberto Dutra (diretor de finanças e administração) e Clément Izard (gerente executivo do Fla-Gávea/sede) receberão parte do montante economizado no futebol.
Responsável por parte do projeto, Paulo Pelaipe, que negociou reduções salariais, saídas de jogadores caros e contratos menores por reforços, diz que está apenas cumprindo uma ordem da nova diretoria. O grupo do presidente Eduardo Bandeira de Mello levantou a bandeira do corte de gastos no futebol e do investimentos em executivos gabaritados para comandar as pastas do clube.
“Estou apenas executando um projeto. De fato, houve essa redução. Era uma preocupação nossa reforçar o time e ainda conseguir diminuir os gastos. É um enorme desafio dentro do mercado, mas estamos conseguindo”, valorizou Pelaipe, completando.
“Temos que investir nas áreas certas e também acabar com esses valores absurdos no futebol. Estabelecemos uma nova realidade. Agora temos um teto bem menor que nos outros anos”, explicou o diretor de futebol.
E após cortar R$ 1,665 milhão em salários, Pelaipe quer mais. Mesmo sem falar abertamente sobre o caso, o dirigente pretende se desfazer de jogadores que considera caro no elenco, como o volante Ibson.
O trabalho, por sua vez, não é tão simples. Ciente dos desejos do dirigente, o jogador expôs sua indignação em entrevista na saída de campo no jogo com Madureira. Vagner Love, que recebia R$ 650 mil por mês e deixou o rubro-negro por motivos semelhantes, foi outro a se indignar com a nova política e com a maneira de Pelaipe de conduzir o caso.
As revoltas, porém, não parecem preocupar Pelaipe e restante da diretoria. Com apoio de torcidas e militantes de redes sociais, ambos seguirão os cortes no Flamengo. E até mesmo os funcionários, longe das quantias milionárias de jogadores e executivos, podem sofrer. A política de reduções no orçamento deve causa a demissão de 150 funcionários nos próximos três meses.
Fonte: Uol
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