Em qualquer conversa, os dirigentes do Flamengo mostram uma certeza: a partir do segundo semestre, o poder de fogo do clube para reforçar o time será maior. E a estratégia tem três pilares. Primeiro, o lançamento de um novo programa de Sócio-Torcedor. Logo adiante, virão outros dois passos decisivos, com um olhar diretamente voltado para o mercado. Um deles, a criação de uma empresa, que terá gestão independente do clube e investidores como cotistas, com o objetivo de comprar direitos econômicos de jogadores no mercado. Mais à frente, após cumprir trâmites legais, o plano é criar um fundo de investimento, em moldes parecidos com o anunciado recentemente pelo Santos.
A formatação do modelo da companhia que o Flamengo pretende lançar está a cargo de Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e vice-presidente de Negociação da Dívida, cargo criado pela nova diretoria. A empresa terá um gestor independente, não pertencerá ao Flamengo e buscará investidores no mercado. Estes serão os cotistas e os ativos serão os direitos de jogadores adquiridos. Ou seja, os direitos de jogadores que já pertencem ao Flamengo não serão incorporados ao patrimônio da nova companhia. O clube afirma já ter “uma fila de interessados” em investir na nova empresa, assim que ela for criada. Os potenciais alvos buscados pelo clube para a injeção de capital no projeto não são somente os tradicionais agentes de futebol, mas empresas de outras áreas.
Clube capitalizado em 2013
Ao Flamengo, mais especificamente à área técnica do futebol, caberia a indicação de nomes de jogadores que interessam ou, ainda, a detecção de atletas com potencial de valorização. A questão, no momento, é a criação de regras de governança da empresa, determinando em que momentos e em que condições o jogador pode ser vendido. O desafio é equilibrar o interesse dos investidores, que precisam realizar lucro, e o do clube, de modo que o time não fique prejudicado com uma venda. O Botafogo, que tem uma empresa para gestão de direitos ligados ao futebol, é citado como exemplo na Gávea.
O projeto final é lançar um fundo de investimento para a contratação de jogadores. No entanto, a constituição do fundo exige um tempo maior para atender questões legais, como registro e aprovação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seria preciso, ainda, encontrar uma empresa do mercado financeiro para a gestão do fundo e um banco para administrá-lo. A diretoria aposta que o novo modelo, desvinculado da gestão do clube, teria a credibilidade necessária para atrair investidores. A ideia é que os dois projetos – da fundação da empresa e a criação do Fundo – já rendam dividendos ao clube até o fim de 2013.
A ação mais imediata para ampliar a capacidade do clube de investir em jogadores é a reestruturação do programa de Sócio-Torcedor. Na nova etapa, a ideia é criar benefícios que incluam descontos na venda de ingressos e um plano de fidelização. Até agora, em 2013, o Flamengo só contratou jogadores sem custo. Gabriel e Wallace, cujos direitos pertencem a investidores, fizeram contratos longos com o Flamengo. Por empréstimo gratuito vieram Carlos Eduardo, Elias e João Paulo. Em todos os casos o clube tem a opção de compra e, para fazê-lo, precisará estar capitalizado até o fim do ano.
Nesta terça-feira, o vice de marketing do clube, Luiz Eduardo Baptista, conversou com os jogadores e explicou os compromissos que devem ter com os novos patrocinadores do clube.
Fonte: O Globo
E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem sem precisar de cadastro (Anônimo)!
Isso pode ser o início de um problema. Querem criar uma empresa para poder tirar do Flamengo os lucros conseguidos com venda de jogadores…
No momento, acredito ser a única saída. Como contratar com as verbas totalmente penhoradas? Você criando uma empresa de investimento não ligada ao clube afasta a penhora. Há sim o receio do aproveitamento, mas não vejo outra solução. Pela postura da diretoria até o momento, estou com eles!
me parece uma boa ideia!
Ótima opção
O jogador ganha destaque, é negociado por investidores para jogar no Flamengo, se valoriza e consequentemente é vendido. Espero que o clube ganhe uma grande fatia dessa valorização, porque se não for assim, não vale a pena entrar nesse projeto, ok?
NAO TEM JEITO , CHAPA AZUL NELESSSSS .
Até que enfim pessoas transformando o Flamengo no que ele verdadeiramente é. Uma empresa. A muito ele deixou de ser um clube do litoral carioca.
O Flamengo deve ser gerido como uma marca, como uma empresa e não como um clube associativo de recreação.
Parabéns!