Postado em: 16 de fev de 2013.
Clubes de maiores torcidas no Brasil, Flamengo e Corinthians sempre tiveram semelhanças. Desde o potencial para explorar suas marcas até o número de torcedores nas arquibancadas. Em processo de reformulação, o clube rubro-negro admite que o caminho traçado pelo clube paulista até sua temporada perfeita em 2012, com direito a título da Libertadores e mundial, pode mesmo ser uma boa opção. Dentro de campo, já há uma mesma trilha entre os dois. Acostumado a astros como Adriano, Vagner Love e Ronaldinho Gaúcho nos últimos anos, o Flamengo neste ano optou por um elenco sem grandes estrelas. Tal e qual o Corinthians.
A maior contratação da temporada é Carlos Eduardo. Após treinos físicos, o jogador irá estrear neste domingo, diante do Botafogo. Mas sem a badalação dos tempos de Ronaldinho, Adriano e companhia. Um rubro-negro com ar operário. Mais coletivo, muito menos individual. Como o Corinthians. Após a passagem fenomenal de Ronaldo, o Timão se reergueu com um grupo sem uma grande estrela. Agora, com nomes menos badalados como Gabriel, o próprio Carlos Eduardo e o novo xodó Rafinha, o Fla faz campanha elogiável neste início de temporada.
“O Flamengo pode tentar montar um trabalho desse. É um período de trabalho curto ainda. O Joel pegou, era um período de reformulação ainda e não era fácil. Acredito que possamos fazer um trabalho mais ou menos igual (ao Corinthians). Mas cada um tem a sua particularidade”, afirmou Dorival Júnior.
De fato, o Flamengo parece não ter entendido ainda, ao menos fora de campo, o tamanho de sua marca. Enquanto vê o rival paulista fatura em contratos publicitários milionários e ter cada vez mais repercussão de sua marca no planeta, o Flamengo tenta se reorganizar após a última e conturbada gestão da ex-presidente Patricia Amorim. Quanto ao futebol, Dorival Júnior pede um pouco mais de calma. O atual elenco corintiano, na verdade, começou a fincar suas bases na temporada de 2008, ainda na Série B, em um período de reconstrução. Embora nunca tenha sido rebaixado, o Flamengo busca os mesmos pilares para construir uma trilha sólida para o sucesso futuro.
“Corinthians não tinha um grande nome, mas tinha grandes jogadores em todas as posições. E um grande elenco. Saía um atleta e as características do atleta que estava próximo eram bem semelhantes. Fazia com que o elenco não perdesse as características”, explicou Dorival Júnior.
De fato, o Rubro-Negro busca um elenco homogêneo. Leonardo Moura, aos 34 anos, ainda não tem um substituto na lateral direita. Hernane, o artilheiro de 2013, sobrevive como único jogador de ofício no elenco. Carlos Eduardo, o camisa 10, tenta se reencontrar após ser atrapalhado por problemas físicos na Europa. Sem um astro, o Flamengo começa a moldar uma identidade, se é possível dizer, coletiva em 2013. À la Corinthians.
Fonte: ESPN
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