Postado em: 18 de fev de 2013.
Que tipo de jogador é Hernane? Briga com a bola os 90 minutos, mas em praticamente todos os jogos faz pelo menos um gol. Contra o Botafogo não foi diferente, e graças a ele o rubro-negro venceu mais um clássico (1 a 0) e garantiu sua classificação antecipada para as semifinais da Taça Guanabara, como primeiro lugar de seu grupo e com a melhor campanha do torneio – o que pode lhe garantir o título com dois empates, seguidos: na semi e na final. Mas, voltando à questão inicial. Que artilheiro é esse? Muitos o consideram um novo Nunes, daí o apelido “Hernunes”, que a cada dia ganha mais força. De fato, o “João Danado”, o artilheiro das grandes decisões, era um “grosso”, naquele timaço de Zico, Leandro, Júnior, Andrade, Adílio, Mozer, Tita etc, todos virtuosos da bola. Mas comparado com Hernane, garanto, Nunes era um estilista… Quem Hernane me lembra cada vez mais é Dario, o Dadá Marailha, o Dadá Beija-Flor, que mal conseguia fazer cinco embaixadinhas, mas marcava um caminhão de gols e foi campeão em praticamente todos os clubes pelos quais passou. É óbvio que para chegar ao patamar do “artilheiro do presidente Médici” (por isso mesmo, campeão do mundo em 70, na reserva de uma seleção de supercraques), Hernane ainda vai ter que fazer muitos gols – e em campeonatos bem mais difíceis do que o paulista (onde foi vice-artilheiro, pelo Mogi Mirim) e o carioca (onde é o atual goleador). Mas que a cada rodada me lembra mais o Dadá, me lembra… O jogo em si foi espetacular nos primeiros 15 minutos, quando o placar poderia ter chegado a 2 x 2. A partir daí, buscando o empate, o Botafogo teve até o domínio na maior parte do tempo e chegou a criar várias situações perigosas, obrigando Felipe a pelo menos três boas defesas. Curiosamente, porém, foram do Flamengo as chances mais claras de gol e, na base do contra-ataque, no segundo tempo, não teria sido absurdo ver o rubro-negro vencer por 3 a 0: Rodolfo perdeu um gol feito e Ibson outro. No alvinegro, a falta dos volantes de ofício (Renato, Marcelo Mattos, Jadson e Gabriel) deixou o meio-campo muito aberto, pois nem Julio César e nem Fellype Gabriel conseguiram proteger bem a zaga. De qualquer forma, os dois seguem na liderança de seus grupos (o Fla, já com a posição e a classificação asseguradas) e não me espantarei se voltarem a se enfrentar na final. Fonte: Blog do Mauricio Prado
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