Postado em: 22 de mar de 2013.
Salve, Jorge!
A entrevista durou uma hora e quinze minutos e José Ilan e eu perguntamos tudo que precisava ser perguntado. Tranquilo, sem fugir de qualquer tema, Jorginho se saiu muito bem — ainda que apelando para versões “lights” ao explicar episódios polêmicos como a declaração de que sabia “como as coisas acontecem no Flamengo” (desabafo feito após um jogo com o Figueirense, que então dirigia), ou a tentativa de exorcizar o diabinho do posto de mascote do América (quando iniciava a carreira de treinador no simpático clube do Andaraí).
A grande notícia, porém, foi mesmo a constatação de que o técnico que compareceu, de peito aberto, ao Central Fox de anteontem, se parece bem mais com o articulado e educadíssimo lateral que foi campeão brasileiro pelo Flamengo, em 1987, do que com o carrancudo e iracundo auxiliar de Dunga na seleção brasileiras, de 2006 a 2010.
Foi animador, também, ouvi-lo dizer que no seu time os volantes têm que saber jogar, para que a transição da defesa para o ataque se dê com passes bem feitos e não com chutões, como acontece com a maioria dos times brasileiros atualmente.
A seriedade demonstrada durante toda a conversa não impediu o bom humor e o fair play, na hora do encerramento do programa, quando, numa brincadeira, lhe dei de presente o mascote oficial do Ameriquinha: um capeta!
Jorginho se mostra de bem com a vida, seguro e aparentemente muito bem preparado. Só falta a bola rolar e a prática comprovar a teoria.
Fonte: Blog Renato Mauricio Prado