Maurício Prado: O Fla ainda precisa de reforços se quiser no Brasileiro e Copa do Brasil.”

Postado em: 3 de mar de 2013.

O belo gol de Júlio César, com menos de um minuto do primeiro tempo, mudou todo o panorama da segunda semifinal da Taça Guanabara.


A partir dele, quem passou a ter a obrigação de buscar o ataque foi o Flamengo. E o Botafogo, que pisou o gramado, sabendo que o empate classificaria o rival, pode se dar ao luxo de recuar e se fechar na defesa. E o fez muitíssimo bem.


A grande diferença entre os dois times, nesse clássico, foi exatamente a armação em campo. O time de Oswaldo de Oliveira extramamente bem distribuido e sabendo exatamente o que fazer. O de Dorival Júnior, perdido, diante da forte marcação adversária e sem um armador capaz de organizar as jogadas ofensivas contra uma defesa bem postada e sempre protegida por uma linha de quatro jogadores.


Absolutamente neutralizado, nos 45 minutos iniciais, o Flamengo voltou para a segunda etapa com duas modificações: Rodolfo (que deveria ter começado como titular) substituiu Carlos Eduardo (que continua sem ritmo e sem dizer a que veio) e Renato Abreu entrou no lugar de Elias (essa, apesar dos dois gols do meu xará, na rodada passada, não entendi).


Nem tanto pelas modificações mas, principalmente, pela necessidade de fazer pelo menos um gol, o Fla se lançou à frente e chegou a criar algumas boas situações para empatar. Mas esbarrou no goleiro Jefferson, autor de pelo menos quatro grandes defesas, e na tática sem sentido de ficar jogando bolas altas na área, com um ataque de baixinhos.


Hernane, o artilheiro rubro-negro e da competição, perdeu duas vezes, numa mesma jogada, a melhor chance. Na primeira, absolutamente livre, cabeceou em cima de Jefferson. No rebote, tocou fraco e o goleiro conseguiu defender novamente com o pé. Brigando com a bola, como de hábito, o camisa nove nada mais fez a não ser reclamar de faltas não marcadas (sem grande razão).


Razão os rubro-negros tiveram de se queixar da não marcação de um pênalti claro de Marcelo Matos, que abriu os braços e cortou um chute de Rodolfo com o braço. O erro do juiz (que teve péssima arbitragem) não pode, entretanto, ser usado como desculpa para a derrota do Flamengo.


Tatica e tecnicamente, o Botafogo foi muito melhor e o segundo gol, marcado por Vitinho, no minuto final, aproveitando-se de que Felipe fora para a área tentar marcar de cabeça, poderia ter saído bem antes, tantos foram os contra-ataques que deixaram os atacantes alvinegros na cara do goleiro.


Vasco e Botafogo farão, portanto, a final da Taça GB, com a vantagem do empate sendo dos vascaínos.


Ao Flamengo restou um choque de realidade: seu time ainda precisa de reforços e de evoluir muito se quiser fazer boa figura no Brasileiro e na Copa do Brasil.

Fonte: Blog do Mauricio Prado

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