Postado em: 7 de mar de 2013.
O diretor-executivo do Vasco, René Simões, comprou a briga da torcida e tomou frente na luta para que o Gigante da Colina mande seus clássicos para São Januário. O dirigente tem em mãos um projeto a ser apresentado para as autoridades competentes que prevê de que forma tais eventos poderão ocorrer no estádio. De acordo com René, a proposta é que, nos jogos em casa, o Cruz-Maltino tenha 90% da capacidade destinada aos seus torcedores, com 10% reservado aos adversários. Em compensação, o inverso se aplicará quando o Vasco for o visitante (ou seja, quando o Botafogo, por exemplo, for o mandante, apenas 10% do Engenhão será destinada aos cruz-maltinos). Em anexo à questão da capacidade, o dirigente tem também um projeto de logística de acesso do torcedor adversário, que prevê, horas antes do clássico, o fechamento de uma rua para a entrada dos rivais com tranquilidade no estádio. Na concepção de René, o Vasco mandar seus clássicos em São Januário se torna, inclusive, uma questão de autoestima. – É óbvio que terei uma diferença financeira, porque ter 90% no Engenhão é bem superior a ter 90% em São Januário, mas, sobretudo, é uma questão de autoestima. Não podemos ter menos jogos em casa do que os rivais. Agora, por exemplo, neste domingo, o mando de campo é do Vasco, mas é o Botafogo que vai jogar em casa, porque o estádio é deles, o melhor vestiário ficará para eles, tudo o que envolve o Engenhão é deles – argumenta. Aos que se preocupam com o patrimônio de São Januário, René apresenta como solução uma penalização em forma de multa aos adversários para os reparos em caso de algum dano no estádio, fato que também se aplica quando o Vasco for o visitante. Um primeiro projeto apresentado por René foi vetado. Nele, porém, o pedido era que o clube tivesse 100% da capacidade da Colina reservada aos seus torcedores. A ideia atual surgiu através de sugestões de vascaínos, via email, para René Simões. Desde 2011 a torcida cobra de forma mais pública a realização de clássicos em São Januário, tendo inclusive, estendido, em alguns jogos, uma faixa fazendo menção ao desejo.
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