Vagner Love reclama da nova diretoria: “Não fizeram esforços, queria ter ficado.”

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Postado em: 25 de mar de 2013.

O silêncio acabou. Pela primeira vez após a surpreendente saída do Flamengo, Vagner Love deu sua versão. E o atacante do CSKA demonstrou bastante sinceridade na entrevista. Ele revelou ter ficado magoado pela falta de empenho da diretoria na permanência dele, e disse que declarações feitas pelo vice de futebol, Wallim Vasconcellos, são mentirosas.
Sem papas na língua, o Artilheiro do Amor não fugiu de nenhuma pergunta. Reiterou seu amor incondicional ao Flamengo e contou minuciosamente como aconteceram as reuniões que antecederam a saída.
Claudio Portella: Como tem sido estes primeiros dois meses de retorno à Rússia? A idolatria por você é muito grande entre os torcedores do CSKA…
Vagner Love: Está sendo muito bom estar aqui novamente. Fiquei muito feliz por ter sido recebido com muito carinho pelos torcedores e por todos do clube.
CP: Qual a meta este ano na Europa?
VL: O objetivo maior é ser campeão russo. Temos um bom grupo, um bom time. Estamos em primeiro lugar e temos totais chances de conseguir essa conquista.
CP: Você ainda tem 28 anos. E a Seleção Brasileira? Ainda é um sonho?
VL: Sempre será um sonho. Sei que jogando na Rússia as chances diminuem. Mas não vou deixar de trabalhar para quem sabe aparecer uma nova oportunidade.
CP: Você tem acompanhado o Flamengo? O que tem achado do time e da diretoria nova?
VL: Sim. Começou muito bem a Taça Guanabara, mas infelizmente não conseguiu o título. Ficarei na torcida para que agora na Taça Rio eles consigam o sucesso e sejam campeões. Não tenho o que falar da nova diretoria, pois não estou acompanhando no dia a dia. Espero que eles consigam colocar o Flamengo em nível de um time grande europeu, que é onde deveria estar.
CP: Mas e a sua saída? Você foi bem comedido e não quis falar muito dela quando aconteceu. Ficou magoado da forma como saiu do Flamengo?
VL: Fiquei sim. Gostaria muito de ter continuado no Flamengo, mas não fizeram nenhum esforço para que eu continuasse. 
CP: A saída pegou todo mundo de surpresa. O que de fato aconteceu que não foi falado? Como foram as reuniões e as decisões? Dê a sua versão.
VL: Então, a primeira pessoa que eu encontrei da nova diretoria foi o Paulo Pelaipe (diretor de futebol), no dia 26 de dezembro. Ele disse que queria contar comigo para temporada de 2013 e reforçou que iria acertar meus salários atrasados. Fiquei muito feliz por isso. Depois fui para a pré-temporada treinar normalmente, até o próprio Paulo Pelaipe procurar meu empresário, Evandro Ferreira, para dizer que, se tivesse alguma proposta para outro time, era para eu ficar à vontade para ir, já que o Flamengo não teria condições de me pagar e nem pagar o CSKA (as parcelas restantes da compra dos direitos econômicos dele).
CP: Mas por aqui, o vice de futebol, Wallim Vasconcelos, declarou à Rádio Bradesco que você saiu por vontade própria. Você não queria mesmo sair?
VL: Não queria sair. Fiquei muito triste com essa declaração. Disse que eu liguei para ele nas férias dele e isso é mentira. Não o conheço e muito menos tenho seu telefone. Se ele diz que eu liguei para ele, que prove isso. A única vez que o vi foi no primeiro dia da apresentação da pré-temporada. E a única vez que falei com ele por telefone foi para discutir sobre o contrato de rescisão e isso pelo telefone do Pelaipe.
CP: Além de você, mandaram embora o Zinho e, agora, o Dorival Júnior, sob a alegação de que vocês não aceitaram diminuir os salários. O que você achou da recente saída de Dorival?
VL: Eu não recebi nenhuma proposta de diminuição de salário. Não tenho nada a dizer. Eu, particularmente, sempre tive um bom relacionamento com o Dorival.
CP: Você acha que o Dorival foi injustiçado? Afinal, foram só duas derrotas este ano…
VL: Opção da diretoria. Acredito eu que ele não deve ter aceitado a diminuição de salário.
CP: Pensa em voltar ao futebol brasileiro rapidamente ou só quando acabar o contrato com o CSKA?
VL: Quero cumprir meu contrato ate o final. E não penso em voltar rapidamente ao Brasil.
CP: Volta para o Flamengo com essa diretoria ou não?
VL: Se um dia eu retornar ao Brasil e ainda for essa diretoria, voltarei sem problemas. Sou flamenguista! Como diz o hino: Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer. (Risos)
CP: Qual o recado que você mandaria para o torcedor rubro-negro sobre a polêmica saída?
VL: Gostaria muito de ter ficado para levar alegria a vocês, torcedores. Infelizmente devido à situação do clube isso não foi possível. Mas agora estou como vocês, na torcida pelo nosso Mengão!
Sonho: Ganhar a Liga dos Campeões
Ídolo: Zico, Romário e Ronaldinho Gaúcho
Comida:Arroz, feijão e ovo
Gol inesquecível: Difícil (risos). São três. Um na final da Copa da UEFA, pelo CSKA. Outro contra o Corinthians na Libertadores de 2010, pelo Flamengo. E contra o Atlético Mineiro, ano passado, também pelo Mengão.
Amigo no futebol: Paulo Victor, Ibson, Welinton, Deivid, Liedson e Ronaldo
Música:Pagode, funk e axé
Frase: Nada é impossível até que alguém mude ou prove ao contrário
“Entrevistar Vagner Love é sempre bom. Ele sai da mesmice e não foge de polêmica nas perguntas. É uma pena ter o Artilheiro do Amor longe do futebol brasileiro. Tem muitos clubes grandes aqui sem bons centroavantes. Muitos…”
Fonte: Fox Sports

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