Postado em: 01 de mar de 2013.
Repórter: Você está chegando aos 60 anos bastante celebrado não só por quem o viu jogar como também por filhos e netos dos seus fãs rubro-negros. Como vê essa festa toda?
ZICO: Acho que esse movimento todo agora foi em função do que aconteceu na minha última passagem no Flamengo, em 2011. Isso deixou uma tristeza muito grande na torcida, e a torcida comprou o meu barulho. Quando eu voltei, havia uma expectativa grande de que eu pudesse dar uma contribuição legal, e depois a forma como tudo aconteceu mexeu com o torcedor, pelo carinho que ele tem por mim, e com os próprios dirigentes que hoje estão aí. Acho que essa manifestação toda foi pela tristeza que sentiram, acharam que não deveriam ter feito o que fizeram. Não tenho dúvida disso. Esses caras que viveram muitas alegrias comigo se sentiram também traídos, ofendidos. E quando vai se passando o tempo, as coisas vão clareando, a gente não precisa nem falar nada. As reações são mais emocionais, pessoas que viram que, além de saberem que eu estava com a razão, como o clube deles que eles amam foi tratado por certas pessoas que estavam à frente. Isso gerou uma certa comoção.
– Se tivesse feito 60 anos no ano passado acha que não teria essa comemoração? Nem pela torcida?
– Acho que não. Acho que 50 pode ser até mais celebrado do que 60. Por que 60? Meu sentimento é esse, não vou esconder isso.
– Sente-se mais amado hoje pela torcida do que era antes?
– Não por conta disso. Talvez por estar mais perto. As pessoas estão tendo mais ações concretas. Pelo fato de o time do Flamengo ter ficado muito distante do torcedor, os jogadores… O pessoal sente saudades disso tudo. Começa a ver a gente de outra forma. Quer que aquilo tudo retorne ao mundo deles.
– Acha que jamais será superado no Flamengo?
– Tomara que apareça alguém, porque aparecendo serão mais títulos e conquistas para o clube (risos).
– Gostaria de ver um jogador superando você?
– Claro. Quem é torcedor quer o melhor para o time. Hoje é difícil ter alguém que vai continuar tanto tempo no clube como eu fiquei, como o Marcos (Palmeiras), o Rogério Ceni (São Paulo), o Roberto (Vasco) mesmo. É muito difícil isso. Hoje, em termos de marcas, acho que o Léo Moura, se tivesse passado a carreira toda no Flamengo, teria até ultrapassado a gente por causa da continuidade. Quantos anos ele jogou em outros lugares?
– Em números, não na idolatria…
– Lógico. Mas o fato de você jogar só em um time cria identificação. Hoje o Léo Moura é muito mais identificado com o Flamengo. Mas há um tempo atrás não era. Jogou nos quatro do Rio. Mas ninguém lembra mais. Se tivesse jogado desde o início no Flamengo, a visão do torcedor do Flamengo dele seria outra hoje. Ele jogou muito e conquistou muito pelo Flamengo. Se o Rondinelli tivesse ficado só no Flamengo, seria maior ainda do que é hoje por tudo o que representa. Mas o fato de ter ido pro Vasco, de ter ido pro Corinthians, isso sempre esfria um pouco, divide.
– Que jogadores você põe como monstros sagrados do Flamengo, que serão também eternos?
– Tem uma quantidade enorme de gente que será lembrada sempre. Junior, Leandro, Adílio, Andrade, na nossa época. Pet, Adriano, mesmo mais recente… Aquela turma mais antiga: Fio Maravilha, Zizinho, Dida, Leônidas, Domingos, Dequinha, Henrique, Rubens, Carlinhos… No Flamengo teve muita gente que ficou… Quem ficou três, quatro anos conseguiu fazer mais. Silva Batuta… Muita gente deixou saudade.
– Você cresceu ouvindo muita história do seu pai, contemporâneo de muita gente. Foi importante para criar identidade maior?
– Ah, sim. Procurei saber de tudo da história do Flamengo. No que eu mais me ligava na questão do futebol era o fato de o papai ter perdido a oportunidade de ter sido o goleiro do Flamengo do primeiro tri (42/43/44). Jurandyr, que foi indicado por ele para o gol, Domingos e Newton. Biguá, Bria e Jayme. Valido, Zizinho, Pirillo, Perácio e Vevé. Meu pai podia ter jogado com esses caras. Sentia que o velho tinha uma certa dor por ter indicado o Jurandyr para o lugar dele. Depois foi o Luís Borracha. Depois veio o time com Chamorro, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Rubens, Índio, Henrique, Dida, Zagallo, Esquerdinha, Evaristo… O Flamengo teve equipes que marcaram, que a gente sabia de cor. E isso deve acontecer hoje.
– Sabe a escalação do Flamengo hoje?
– Sei porque não estou só acompanhando, mas porque o Dorival está conseguindo repetir. Muda pouca coisa. Ano passado, cada hora era um time.
– Em alguns períodos de mágoa com o Flamengo, você dizia que não estava vendo mais jogos do clube.
– Mas eu não via mesmo. Não queria ver aquelas pessoas. Era a mesma coisa que ir à Gávea e cruzar com três, quatro pessoas que eu não queria ver mais. Você não vai a um lugar onde não se sinta bem.
– Gostaria de ver algum neto seu seguir a carreira?
– Não, assim como não gostei de ver os meus filhos. Mas eu acho que com um neto sofreria menos que com os filhos. A pressão seria bem menor.
– Seus filhos sofreram muito com essa pressão?
– Sofreram muito. Thiago era mais esquentado, xingava todo mundo, brigava com todo mundo. O Junior talvez sofresse mais por engolir mais as coisas.
– O Junior até virou torcedor do Guarani… Acha que foi por isso?
– Sim, acho que até teve a ver com isso.
– Em algum momento viu potencial neles?
– Vi. Para serem jogadores de futebol. Porque vi eles fazerem coisas que não vejo outros jogadores fazerem. Mas não tiveram oportunidade. Se dá oportunidade a um, tem que dar oportunidade a outro da mesma forma. Você não pode dar oportunidade a um que é pobre e não dar ao outro que não é pobre. Por que só o cara que vem de ônibus vai ter mais oportunidade do que quem vem de carro? Você está discriminando.
– Como você sempre teve a vida muito intensa, de viajar muito como jogador e treinador, se vê procurando dar mais tempo para a família? Imagina-se daqui a 10 anos como o seu Antunes (pai de Zico), cercado de filhos e netos contando histórias, ou acha que nunca vai ter esse perfil por ser uma celebridade?
– Acho que a tendência é ter cada vez mais tempo para isso. Já estou fazendo isso. Não marco nada no fim de semana. Sábado ou domingo, se puder, nem atendo telefone. O tempo é para eles. Hoje sou corujaço.
– Hoje se considera um técnico no mercado ou não está mais pensando nisso?
– Sou um técnico no mercado, mas dependendo do local. Que me dê muita condição de trabalho.
Iria para o Catar, por exemplo?
– Não, não quero ir. No dia seguinte que o Silas saiu de um clube de lá, o cara me chamou. Assim que o Paulo Autuori saiu (da seleção do Catar) me ligaram. Eu só aceitaria se fosse Europa, mas que me desse condição para fazer um bom trabalho.
No Iraque havia a possibilidade de você participar da Copa no Brasil. Agora se vê com chances?
– Não. Só como torcedor. Queria participar como técnico do Iraque, e eu aceitei porque via chances. Se tivessem dado uma condição de trabalho boa, estaríamos hoje numa melhor condição.
– Como jogador, teve algum arrependimento? Por exemplo, de ter ido à Copa do Mundo de 86?
– Não que seja arrependimento. Hoje é fácil dizer “não, não deveria ter ido. Deveria ter ido operar”. Lógico que, para passar o que eu passei, um sacrifício filho da p.., acordar todo dia às seis da manhã… Uma luzinha batia aqui: “Não vai, não vai, não vai”. Pedi duas vezes pra não ir, não deu, tal… Acabou… Aconteceu o que aconteceu.
– E como dirigente? Da sua passagem pelo Flamengo, se arrepende?
– Também não me arrependo, não. Só me fez cada vez mais me afirmar de que eu não devo ter cargo nenhum no Flamengo.
– Chega aos 60 anos com essa certeza?
– Sim, não volto como dirigente. Só faço o que estou fazendo hoje, essa consulta. E se quiser perguntar. Se não quiser, vou ser torcedor. Se tiver que fazer alguma coisa para ajudar o Flamengo, como eu estou fazendo agora com a camisa dos 60 anos, como fiz com a pulseira. Qualquer coisa eu faço pelo Flamengo, desde que seja alguma coisa séria e o Flamengo possa se beneficiar. Agora, no mais, nenhum compromisso.
– E de ser secretário do governo Collor, não se arrependeu?
– Não, eu fiz o meu trabalho. Um trabalho que deu frutos, ajudou a estruturar o esporte brasileiro. Foram criadas ligas, foram criados patrocínios das estatais. Hoje você tem a mudança no colégio eleitoral das confederações. Quando um clube ia votar para presidente da CBF? Quem falava nisso? Lei do passe, uma série de coisas. O trabalho ficou pronto. Tudo começou ali.
– Depois teve o Pelé…
– Ele apenas botou o nome, modificou um item, mas a lei é a mesma. Fiz um trabalho de oito meses de estudo, de viagens, ver o que está acontecendo no exterior para adequar aqui, muita coisa apareceu de novo de uma legislação antiga, arcaica, que não trazia nenhum benefício. E a gente queria mais. É que muita coisa os caras saem vetando, mas tinha muita coisa a mais que podia ajudar a área esportiva. E, por incrível que pareça, naquela época que eu estava lá, a única área que não me aporrinhou foi a do futebol. Mesmo assim, muitas coisas a gente pôde fazer. Era pelo esporte. Acho que o Brasil cresceu esportivamente.
– E o que acha que faltou em sua carreira? Algo que queria ter feito e não fez?
– Jogar as Olimpíadas.
– Faltou mais isso que o título da Copa do Mundo?
– Sim, mais. A Copa é uma disputa. Você jogou e não ganhou. Disputa é disputa, futebol é competição. Agora, você ser solicitado a voltar para uma categoria em atividade, precisa jogar, precisa treinar, participa da classificação e depois não vai convocado por questões políticas, desportivas, médicas, até hoje não sei… Esse é o problema (NR: Zico participou do Pré-Olímpico, mas não foi convocado pelo técnico Antoninho para os Jogos de Munique).
– Essa é a grande mágoa da sua vida?
– Sim. Quase me fez parar de jogar futebol, o que mais amava na vida. Eu ia parar para não sofrer a decepção que eu vi meus irmãos sofrerem. Eu vi o Edu ser injustiçado e não ir à Copa de 70, o Antunes ser injustiçado de não ir a uma Olimpíada. Eu não queria pra mim o que via eles passarem. E foi graças a eles que não parei.
– Nesses 60 anos, de quem sente mais falta?
– Dos meus pais e do meu irmão. Meus pais a gente sabe que a vida, os anos passam, é a lei natural da vida. Mas o meu irmão (Antunes), que era o cara que praticamente me criou, me protegia… Você perder com 50 anos é difícil. Foi muito novo, é uma grande perda. Assim como o Geraldo, um cara que era um grande parceiro, de a gente estar na casa um do outro. Ele na minha, eu na dele, as famílias… A forma como foi… (NR: jogador do Flamengo, Geraldo morreu em uma operação de amídalas em agosto de 1976)
– Há pouco mais de um ano você teve um problema de saúde e ficou internado. Como foi isso? Teve medo de morrer?
– Aquilo ali, não. A preocupação ali era mais com meu neto. De início, o diagnóstico era meningite, e eu tinha estado com ele o tempo todo. Por isso havia a preocupação. Agora, quem disser que não tem medo de morrer é mentiroso. Ninguém quer morrer, o pessoal quer é viver o maior tempo possível. Essa história de encontrar com Deus… Que nada! Uma das maiores mentiras é essa de dizer que não tem medo de morrer.
– Por falar em Deus, boa parte da torcida do Flamengo chama você de Deus e deseja “Feliz Natal” no seu aniversário. Isso te incomoda?
– Incomoda. Isso é uma coisa muito séria. Não gosto de brincadeira com essas coisas…
– Mas não se sente lisonjeado?
– Lógico que sim. Mas Deus, para mim, é uma coisa sagrada, está em outo patamar no catolicismo que eu conheci.
– Seus amigos e torcedores te ligam pra desejar “Feliz Natal” no seu aniversário?
– Brincam, eu acabo levando na brincadeira, como fazia também no Japão… Lá era “kamisama”, que significa “Deus do futebol”. Mas lá é de uma forma diferente. É o cara que levou o futebol para lá, que acreditou. Então, para eles lá, não é o Deus religioso.
– Você tem a preocupação de procurar se cuidar mais para viver mais?
– Lógico. E acho que já chego nessa idade assim em função da minha vida até hoje. O fato de ter sido atleta, e ter sido um bom atleta. Hoje não sou impossibilitado de nada, tenho os meus exames sempre em dia, tudo funciona. Quando tenho uma irritação, preocupação principalmente em questão de coração, por causa do meu pai, que teve que botar marca-passo, e do meu irmão Antunes, que morreu mais cedo, então eu tenho essa preocupação, estou sempre fazendo exames. Quando você deixa de ser atleta, se você deixa de fazer atividade, aí vai e faz um esforço maior, esse é o problema. A gente, por ser competitivo, acaba exagerando, perde a noção. Esse é o grande perigo do ex-atleta.
– Este ano será sua despedida no “Jogo das Estrelas”. O fato de não fazer mais a diferença incomoda?
– O pessoal até deixa. às vezes é chato por isso. Você está jogando, aí o cara vai deixar, vai abrir… Aí o outro: “Pô, deixa ele fazer o gol aí…” Então, brincadeira por brincadeira, melhor aqui na pelada com os coroas. Quando você está ali com os caras mais novos, eles também gostam. Você vê no sorriso dos caras, o carinho que eles têm por mim, esse pessoal da nova geração. Eu digo que o grande troféu que eu levo é o respeito que eu tenho da minha classe. De jogadores, preparadores, técnicos. Vejo que são sinceros quando falam a meu respeito.
– Acha que as novas gerações sabem quem foi o Zico?
– Hoje sabem mais porque estão ligados na internet toda hora. Então o cara sabe. Só não sabe quem não quer.
– Você é muito amigo do Roberto Dinamite, e ele está começando a desgastar no Vasco a imagem dele, que é grandiosa. Chega a conversar com o Roberto sobre isso? Não fala com ele se é melhor se afastar um pouco? De certa forma, é uma situação parecida com a sua…
– Não, não falo, não. Lamento, gosto muito dele. Agora, é o tal negócio. Ele que dá a canetada, né? É diferente. Ele que é o responsável. Tem que tomar as atitudes que achar que deve tomar. Eu não sei o que está acontecendo lá. Ali é o poder. Quando você tem o poder e faz certo, tudo bem. Agora, quando tem o poder e faz errado, está sujeito a críticas. Torço muito por ele, para que ele dê certo porque é importante pro esporte que atletas se tornem bons dirigentes. Cada vez que um atleta vai para um cargo desse e a coisa não funciona, complica. E foi uma das coisas que acreditei poder dar certo no Flamengo foi ver uma ex-atleta (Patrícia Amorim), que eu vi crescer, que eu vi caminhar lá dentro… Acreditei que ela pudesse fazer um bom trabalho ali…
– Acha que se enganou?
– Acabei errando, fiz a opção errada.
– Se ela te pedisse desculpas, voltaria a ter relacionamento com ela?
– É difícil ter um relacionamento, sabe? Vou tratar bem porque é do meu feitio. Educação eu tenho. Agora, relacionamento, tem certas pessoas que não dá mais pra ter.
– Você falou ainda há pouco de ex-atleta presidente do Flamengo. Apoiaria o Luxemburgo?
– Hoje não.
– Por quê?
– Porque não.
– O fato de ele ter se metido naquele problema seu com a Patrícia, aquilo te aborreceu?
– Aquilo não era problema dele, entrar num assunto nosso. O problema do técnico é cuidar do time, e não se meter no que fulano e beltrano estão falando, estão discutindo…
– A amizade ficou abalada?
– Nunca mais falei com ele. Desde a entrevista dele. E somos compadres. Eu dava carona pra ele, buscava em casa, deixava em casa. Ele jogou por terra uma amizade de, desses sessenta anos, uns quarenta anos.
– Voltando à Copa de 1998. Por que caiu na sua conta o corte do Romário?
– Eu fui técnico de duas seleções. Eu nunca deixei que diretor, coordenador, presidente, preparador físico convocasse nem cortasse jogador. Então, eu nunca cortei ninguém nem convoquei ninguém na seleção brasileira. Quem decide é o técnico, não sou eu. Tem dez caras cortados, 40 convocados, e eu só participei de um! Então alguém se deixou levar por isso e sobrou pra mim. Não sei por que caiu na minha conta, talvez por alguns problemas que tenham acontecido por causa daquelas entrevistas anteriores. Aquela história de 94 e 82, aquilo é uma chatice sem tamanho…
– Esse assunto te aborrece?
– Claro que aborrece, a gente não tem nada a ver com isso. A gente nunca deu declaração falando mal de A ou B. Se o cara quer elogiar a nossa e não quer elogiar a outra, o que a gente tem a ver com isso? Por que os caras têm que atacar a gente? Você ataca quem falou, e não a gente… Então a gente era atacado a troco de nada. Muitas vezes você responde, e fica aquela coisa chata.
– Quem foi o melhor atleta que você treinou?
– Alex, no Fenerbahçe.
– E quem foi o melhor com quem você jogou?
– Pô, aí é fogo… Vou magoar alguém… Deixa eu ver… Ah, foi o Rei Pelé! Claro que foi. O cara parece que tem uma outra aura. É um negócio diferente (NR: Pelé reforçou o Flamengo em 1979 durante uma partida beneficente no Maracanã contra o Atlético-MG em prol das vítimas de forte enchente em Santa Catarina).
– Acha que alguém possa vir a ser maior que o Pelé?
– Não. Acho muito difícil.
– Quando o Zico chorou em derrota do Flamengo? O Zico já chorou com a torcida?
– Chorei logo em 76, quando perdi aquele pênalti na final da Taça Guanabara, contra o Vasco. Quando eu perdi deu uma brochada em todo mundo.
– E o homem Zico, chora?
– Chora, sim. Hoje até chora mais com facilidade.
– O que te faz chorar?
– Minha família. Minha mulher, meus filhos, meus netos, meus pais, meus irmãos.
– O Flamengo ainda te faz chorar?
– Faz, dependendo da situação.
– E pela Seleção, teve um dia que te fez chorar muito?
– Ah, 82. Foi quando eu vi meus filhos, aí foi difícil. Mas acho que faz bem…
– Em 1986 você não chorou?
– Não. Fiquei muito triste.
– O pênalti contra a França foi a bola que não entrou que você mais queria que tivesse entrado?
– Não. Foi uma contra a Itália, que pudesse ter feito o gol de empate, essa foi a que mais lamentei.
– Chegou a ficar na bronca com o Taffarel porque ele fechou o gol no seu jogo de despedida?
– Claro que não. Dei graças a Deus de ele vir porque senão não tinha goleiro. Ele era amigo do Nielsen, a gente pediu socorro, o Higuita na véspera ligou e disse que não podia vir. Não tínhamos goleiro. Ele pegou o voo de manhã e chegou aqui pra jogar. Vou reclamar?
Fonte: GE
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