Clubes que possuem as duas maiores torcidas do Rio, Flamengo e Vasco vivem inferno astral bem semelhante. Com dívidas gigantescas, não conseguem equilibrar as finanças; têm dificuldade de tornar os faturamentos compatíveis com o número de torcedores e, na tentativa de profissionalizar suas gestões, se veem em palpos de aranha para reforçar seus elencos, fraquíssimos.
Virtualmente eliminados da Taça Rio e, consequentemente, da luta pelo título estadual, rubro-negros e cruzmaltinos devem usar o que resta do Carioca para que seus novos treinadores (Autuori e Jorginho) avaliem o que têm nas mãos (e não é muito) e preparem bem fornida lista dos reforços para que seus times possam disputar o próximo Brasileiro sem passar o campeonato inteiro lutando contra o fantasma do rebaixamento — algo bem provável na atual conjuntura…
Ô time ruim…
Na derrota para o Audax, o Flamengo voltou a exibir todos os velhos e aparentemente incorrigíveis defeitos: a zaga é uma avenida; o meio-campo não cria; e o ataque tem dificuldade colossal para acertar um chute ou cabeçada na direção do gol.
Não entendi a escalação sem centroavante fixo. Que Hernane não é tecnicamente grande coisa, até os tijolinhos desbotados da antiga administração sabem. Mas, bem ou mal, ele é o artilheiro da competição. Por que barrá-lo? Não compreendi também a substituição de Nixon, faltando poucos minutos para o intervalo. Teria sido mais justo esperar o final do primeiro tempo para fazer a troca.
Na mesma toada da incompreensão, não consigo captar o motivo de Alex Silva não somente ser titular como ainda capitão do time! Ele já não é mais nem sombra do que foi no São Paulo. Nas suas costas, o Fla tem tomado um gol atrás do outro. Onde está o chileno Gonzalez, que mesmo sem ser brilhante se mostrava mais eficiente que todos os outros zagueiros rubro-negros?
É fato que Jorginho não conhece bem o elenco e está em busca do time mais eficiente. Mas com este grupo jamais existirá escalação ideal. No máximo, a “menos ruim”. Há, por enquanto, boa vontade da torcida com a nova diretoria, que recebeu um clube em petição de miséria. Mas paciência do torcedor não costuma ser grande. E se a perda do Estadual é aceitável, fiasco da mesma monta no Brasileiro terá conotação e impacto bem diferentes. Aí, periga a situação começar a ficar preta para a Chapa Azul…
Na moita
O Fluminense segue sem empolgar, mas se mantém na zona de classificação às semifinais da Taça Rio e se conquistá-la e usar todos os titulares ainda pode roubar o título do Botafogo e se igualar ao Fla em número de conquistas estaduais. O problema maior é administrar a prioridade da Libertadores.
Rema, rema, remador…
Estreia perigosa na Copa do Brasil, hein, Jorginho…
Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado
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