A nação de 40 milhões de torcedores é a luz no fim do túnel do Flamengo. O time está com rombo de R$ 750 milhões e a estratégia é a “mobilização do torcedor”, que funcionará como “combustível” para o clube, de acordo com o gerente de comunicação e marketing digital, Tiago Cordeiro.
No cargo desde janeiro deste ano, Cordeiro considera que “o desafio tem o tamanho do Flamengo” e pretende usar as redes sociais para provocar mobilização nos torcedores. Uma das recentes mudanças na comunicação do time foi o acompanhamento e monitoramento integral dos conteúdos nas redes sociais.
Professor do Comunique-se Educação, Cordeiro contribuiu para projetos sociais de instituições como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Nissan e Santander. A bagagem e as experiências anteriores contribuem, segundo ele, “para ter uma visão universal [das redes] e de como o Flamengo pode se posicionar”.
Confira a íntegra da entrevista com o gerente de comunicação do Flamengo:
Quais os principais desafios do trabalho na comunicação de um clube de futebol e do porte do Flamengo?
Na minha área, especificamente, é sempre a expectativa da torcida, especialmente pelo envolvimento que notamos durante as eleições para presidente. Também precisamos redefinir ou definir vários processos que já são comuns em outras empresas, mas ainda não existiam por aqui. Não tínhamos uma rotina de monitoramento em redes sociais 100% integrada com a comunicação, por exemplo.
Você chega em um momento difícil para o departamento financeiro do Flamengo, que tem uma das maiores dívidas do mundo. Como lidar com essa situação, tendo em vista a cobrança tanto da mídia, como dos torcedores?
Ninguém disse que seria fácil e o desafio tem o tamanho do Flamengo. Assim como a capacidade da instituição em superá-lo. O que noto em redes sociais e no papo com torcedores é uma mobilização enorme por não cobrar resultados agora e sim esperar que o clube se reestruture, organize a casa e se alcance o topo de forma sólida em todas as áreas. E não para por aí, como a gente vê pelo portal Nação Rubro-negra. Em um mês já temos o quinto maior programa de sócio-torcedor do Brasil e o maior do Rio de Janeiro. A mobilização do torcedor vai ser o maior combustível para o Flamengo e eu não tenho a menor dúvida que a maior torcida do mundo pode e vai fazer a diferença nesse processo.
Pelo Facebook, o Flamengo faz campanhas para filiar “sócio-torcedores”. Os resultados têm sido positivos?
Totalmente. Lançamos na semana passada a opção para pagamento com boleto e estamos com média de crescimento boa. Outros clubes costumam oscilar e perder sócios, mas estamos em uma crescente. Cada vez mais, a ideia do torcedor em fazer o desequilíbrio a favor do Flamengo vai ganhando força com mais adesões.
Além dessa, quais outras ações têm sido feitas?
Disparos de e-mail marketing, ações de relacionamento com o sócio-torcedor e mais projetos que ainda estão se formando.
Como suas experiências anteriores contribuem para desempenhar o cargo?
Trabalhei com instituições como a Fiesp e prestei serviços para diversas marcas, especialmente em redes sociais. Acho que o que mais ajuda é ter uma visão universal e de como o Flamengo pode se posicionar nisso. Já somos a terceira marca mais relevante na América Latina e podemos ser a primeira.
Você tem bastante experiência com redes sociais, elas são a melhor opção de comunicação?
Depende do que estamos falando. Não podemos ignorar as redes sociais, mas elas não são a única ferramenta. Tão importante quanto trabalhar com redes sociais é estar alinhado com a estratégia da comunicação, definida pelo nosso diretor, Felipe Bruno, e pelo vice-presidente de comunicação, Gustavo Oliveira. A web colaborativa é uma opção importante, desde que esteja integrada com todas as outras.
Pode adiantar alguma dessas estratégias futuras?
Posso dizer que ao final do triênio, a relação do Flamengo com a internet e redes sociais terá uma evolução notável. Estamos trabalhando duro de segunda a segunda e vamos colocar o clube onde ele merece. A ideia é ajudar o Flamengo a se reerguer em todas as áreas possíveis. No meu caso, aproveitar o fato de termos a maior torcida do mundo para sermos uma das marcas mais fortes no cenário digital esportivo entre amantes do esporte.
Fonte: Portal Comunique-se
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