Avaliação de trabalho de treinador eu faço de forma simples. Eu observo, tento entender o que ele pretende com suas atitudes e discursos, e depois digo que estou ou não de acordo.
Não gosto do que faz o Muricy, não implica em dizer que não funciona. Gosto do que faz o Cuca, mas não necessariamente resulta em títulos. Até porque, mesmo que tenhamos esquecido, é bom lembrar que quem marca gols é atacante, quem defende é beque e quem arma é meia, não treinador de prancheta.
Assim sendo, tento entender cada treinador em questão de 2 ou 3 jogos. É bem fácil, eles usam uma linha muito parecida, com pouca alternativa. Jorginho é novo, não tem um perfil traçado, o que dificulta um pouco. Mas na sua estréia entendi que Adryan interessava, que Elias e Ibson vindos de trás era bom e que os 3 atacante sem ter sequer 2 de qualidade não era mais tendência.
Gostei.
Na semana seguinte alguns titulares não foram nem pro jogo. Na outra, voltaram a ser titulares. Neste meio tempo o time trocou de formação e escalação todo santo dia, sem critério algum anunciado.
Pode estar fazendo testes e “andando” pra Taça Rio? Pode. Acredito nisso? Não.
O que o Jorginho está tentando fazer, afinal? Não é claro, e duvido que você tenha conseguido decifrar. Os titulares são não relacionados e em 5 dias voltam a ser indispensáveis. Meninos que servem somem, e os que estavam sumidos entram pra armar o time.
Entre novos encostados e antigos encostos, o Flamengo não tem hoje um time titular. Também não tem um banco, porque ninguém sabe quem de fato é titular, menos ainda, reserva. Ou pior, sequer relacionado.
Tendência tática até tem. Mas não se sabe em que direção.
Custo a crer que Jorginho seja um imbecil e todos nós gênios. Também não acho que ele seja um gênio e todos nós imbecis.
Mas não vou escrever neste blog que acho seu trabalho ruim porque simplesmente não entendi sequer o que ele está fazendo, quanto mais se está fazendo bem ou mal.
Mais umas semanas, talvez uma sequência com o mesmo time e, enfim, teremos palpites sobre o que ele está enxergando.
Porque de fora, nós, mortais, não estamos vendo nada.
Fonte: Blog do Rica Perrone.
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