Em um mercado tão inflacionado como o do futebol, olhar para o lado às vezes pode significar uma solução boa e barata, sobretudo quando nossos vizinhos sul-americanos estão em campo. O bom rendimento de jogadores como Conca, Montillo e Guiñazu mostra isso, e a tendência é que esses jogadores tenham cada vez mais chances por aqui.
O especial de 20 sul-americanos feito pela Trivela em 2011 mostra isso. Nomes como Juan Manuel Martínez, hoje no Corinthians, Víctor Cáceres, atualmente titular do Flamengo, e Raúl Ruidiaz, que está no Coritiba, figuravam naquela lista. Outros, como Giovanni Moreno e Marcelo Díaz, foram ganhar o mundo no futebol chinês. E como todo ano surgem novos destaques, fizemos uma nova lista de jogadores que possuem potencial para atuar no futebol brasileiro. Confira:
Charles Aránguiz (Universidad de Chile-CHI)
Se o seu time precisar de um meio-campista dinâmico, que sai bem para o ataque e às vezes até faz gols, Charles Aránguiz é o nome certo. Volante de 23 anos e apenas 1,71m, esbanja velocidade e vitalidade em campo, sempre aparecendo como opção de jogadas. Mas quem quiser contar com ele terá de ficar esperto, porque não custa tão barato assim. É remanescente do time que encantou o continente e conquistou a Copa Sul-Americana em 2011.
Damián Díaz (Barcelona-EQU)
Cérebro do time que nadou de braçada no Campeonato Equatoriano, Damián Díaz é a possibilidade de um clube brasileiro apostar em um jogador relativamente barato que resolva problemas de criatividade no meio-campo. Típico camisa 10 argentino, já foi sondado pelo Santos e poderá deixar o Barcelona antes mesmo da Copa Libertadores de 2013.
Eugenio Mena (Universidad de Chile-CHI)
Discreto em 2011, Mena ganhou destaque na Universidad de Chile nesse ano com a saída de vários jogadores para o exterior. Canhoto, o lateral de 24 anos joga mais adiantado, quase como um ala no esquema montado pelo técnico Jorge Sampaoli. Recentemente, o Santos tentou sua contratação, sem sucesso.
Facundo Ferreyra (Vélez Sarsfield-ARG)
Contratado pelo Vélez junto ao Banfield no meio de 2012, Facundo Ferreyra chegou arrebentando no Vélez. Em 15 jogos no Torneo Inicial, o centroavante de 21 anos marcou impressionantes 13 gols e foi um dos artilheiros da competição. Além disso, também deu três assistências e pode pintar como um dos concorrentes à vaga de Hernán Barcos no grupo da seleção argentina.
Felipe Pardo (Independiente Medellín-COL)
Atacante que alia força física, oportunismo e um pouco de técnica, Felipe Pardo é um dos destaques do Independiente Medellín que chegou à final do Campeonato Colombiano. Não é exatamente um goleador, mas, aos 22 anos, pode ser útil para várias equipes que precisam de alguém com presença de área.
Gino Peruzzi (Vélez Sarsfield-ARG)
Aos 20 anos, o lateral direito já mostrou que não tem medo de entrar na fogueira. Um de seus primeiros jogos no time principal foi contra o Santos, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Peruzzi marcou Neymar com muita eficiência, e cresceu muito a partir de então. Volante de origem, se adaptou muito bem à lateral direita, e aos 20 anos já é cotado para a seleção argentina.
Gonzalo Bueno (Nacional-URU)
Eleito a revelação do Campeonato Uruguaio em 2012, Gonzalo Bueno é um atacante canhoto e rapidíssimo, daqueles que incomodam muito a zaga adversária e não caem em divididas com zagueiros, apesar da aparente fragilidade física. Aos 19 anos, mostra que tem grande margem de evolução e já foi comparado algumas vezes a Diego Forlán.
Guillermo Burdisso (Boca Juniors-ARG)
Zagueiro jovem e que cairia muito bem em várias equipes brasileiras. Burdisso, que era companheiro de Lisandro López na zaga do Arsenal até meados de 2012, foi para o Boca Juniors e logo ganhou a posição de titular. Aos 24 anos, é outro que mostra muita segurança e chegou para suceder Rolando Schiavi como o xerife da defesa xeneize.
Harrison Otálvaro (Millonários-COL)
Seu time precisa de um meia que seja rápido, objetivo, finalize bem e ainda seja eficiente nas bolas paradas? Harrison Otálvaro pode ser o cara. Aos 26 anos, fez excelente temporada no Millonários campeão colombiano e se firmou como um dos principais meio-campistas no país. E esse parece o momento certo para que ele dê um salto definitivo na carreira, se transferindo para um centro mais desenvolvido.
Ignacio Scocco (Newell’s Old Boys-ARG)
Aos 27 anos, Scocco (Foto) ficou conhecido aqui no Brasil por marcar dois gols no jogo de volta do Superclássico das Américas. Ele também foi um dos artilheiros do Torneo Inicial com 13 gols, junto com Facundo Ferreyra, e impressionou a todos com muita força, velocidade e precisão nas finalizações.
Iván Bella (Vélez Sarsfield-ARG)
Habilidoso e polivalente, Iván Bella é titular do lado direito do meio-campo do Vélez Sarsfield. Canhoto, também joga pelo lado esquerdo, ou como lateral, ou mesmo como volante, sempre demonstrando muita intensidade e finalizando bem de fora da área. Aos 23 anos, seria muito útil em várias equipes brasileiras, por se adaptar bem a vários esquemas táticos.
José Ariel Nuñez (Libertad-PAR)
Típico atacante rápido e driblador, Nuñez fez uma boa Copa Libertadores pelo Libertad, e manteve a grande fase no segundo semestre. É o artilheiro do time no Torneo Clausura com 11 gols, e vive, certamente, o melhor momento da carreira. Tem feito parte das convocações para a seleção nacional, e não se intimida com a concorrência de nomes como Óscar Cardozo, Haedo Valdéz e Lucas Barrios.
Juan Manuel Olivera (Peñarol-URU)
Centroavante de ofício, daqueles bem trogloditas, Olivera não brinca em serviço quando o assunto é gol. Alto (1,91m), é especialista no jogo aéreo e foi o artilheiro do Campeonato Uruguaio com 13 gols. Aos 31 anos, cairia bem como um jogador para compor o elenco de várias equipes brasileiras.
Lisandro López (Arsenal-ARG)
Aos 23 anos, Lisandro López faz hora-extra no Arsenal de Sarandi. Excelente no jogo aéreo e bom por baixo e fatalmente encontrará o seu lugar na seleção argentina. Já foi sondado por Internacional e Palmeiras e seria titular em vários clubes brasileiros com muita facilidade.
Luis Fernando Saritama (Sem clube)
Experiente meia de 29 anos, soma 34 jogos pela seleção equatoriana e disputou a Copa do Mundo de 2006. Recentemente, rescindiu contrato com o Deportivo Quito e está desempregado desde então. Pode, portanto, ser uma boa opção para quem precisa de um meia-armador que se destaca pela eficiência nos passes e cruzamentos.
Macnelly Torres (Atlético Nacional-COL)
A qualidade técnica de Macnelly Torres é conhecida desde que ele arrebentou na Libertadores de 2007 com o Deportivo Cucuta. Meia que esbanja categoria, se firmou recentemente como titular da seleção colombiana e já recusou propostas de vários clubes brasileiros. Dificilmente será convencido a jogar no Brasil, mas, se for, seria um excelente reforço para qualquer clube.
Matías Rodríguez (Universidad de Chile-CHI)
Um dos remanescentes do grande time de 2011, Rodríguez ganhou ainda mais terreno com o desmanche da equipe e fez 13 gols em 2012, marca respeitável para quem joga encostado pelo lado direito do campo. Rápido e habilidoso, o meia argentino de 26 anos já foi convocado pelo técnico Alejandro Sabella para a seleção nacional e pode ganhar espaço se manter o bom rendimento.
Richard Ortiz (Olimpia-PAR)
Dono de um potente chute de pé esquerdo, Richard Ortiz ganhou muito espaço nas duas últimas temporadas no futebol paraguaio. O meio-campista de 22 anos, que também atua como lateral esquerdo, já disputou seis partidas pela seleção nacional e marcou um gol. É um dos poucos bons valores da nova geração paraguaia.
Robin Ramírez (Deportes Tolima-COL)
Apontado como uma das principais promessas sul-americanas já há algum tempo, Robin Ramírez deslanchou em 2012 no Tolima e tem tudo para seguir evoluindo. O atacante, que ainda pertence ao Libertad, chegará à seleção paraguaia mais cedo ou mais tarde. É importante investir nele agora, antes que se valorize demais e fique inalcançável para os cofres brasileiros.
Rubén Botta (Tigre-ARG)
Revelado no Boca Juniors, Botta se firmou em 2012 no Tigre como um meia-atacante canhoto, vertical e eficiente. Já atraiu o interesse de vários clubes do futebol europeu, mas com a atual realidade econômica não é impossível que um clube brasileiro cubra qualquer oferta que surgir.
Fonte: UOL
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