Hoje é 1º de maio e ontem encerrou o prazo legal para publicação e postagem dos balanços nos sites dos clubes. E os sites dos clubes são a minha fonte, o que explica algumas ausências. Para esquentar as turbinas ou tamborins ou simplesmente passar uma ideia geral de como estão os balanços de nossos clubes, esse post mostra um quadro geral das receitas por eles auferidas. O ranking dos clubes se dá pela Receita Total, colocada na última coluna à direita.
Como de hábito faço há anos aqui no OCE, destaco as três principais receitas operacionais e seu total:
– Direitos de Transmissão – TV – que incluem, também celulares e internet;
– Marketing – MKT – que inclui, onde discriminado como parte do futebol, o licenciamento da marca e os royalties por produtos oficiais vendidos;
– Bilheteria, Sócios-Torcedores e Estádio – Bilhet+ST+Est – novamente, onde há divisão e detalhamento para essas três receitas;
– Receita Operacional do Futebol – Receita Operac – a soma das três anteriores.
Na sequência vem a receita com a Transferência de Atletas, marcada como Direitos Federativos na tabela. Depois a soma das receitas de Outras Áreas, algumas até do futebol, somadas às receitas das áreas sociais e amadoras dos clubes.
O que é facilmente visível ao primeiro olhar é o valor e o peso dos Direitos de Transmissão, que cresceram muito em relação a 2011 e 2010, impulsionados pelos novos contratos e pelas luvas recebidas e contabilizadas.
De maneira geral, e isso ficará mais claro em outros posts, há um grande desequilíbrio em relação aos outros componentes do tripé das receitas operacionais do futebol: o marketing e, principalmente, a receita de jogos e sócios-torcedores. A rigor, e por enquanto, as únicas receitas de estádio que aparecem nos balanços e têm peso considerável, são as do Morumbi e Arena da Baixada.
O ideal a ser perseguido é um equilíbrio o mais homogêneo possivel entre as três grandes fontes de dinheiro, algo difícil até mesmo no futebol europeu, onde poucos clubes conseguem essa proeza de forma consistente, regular. Um ponto que compromete um pouco algumas análises é o fato do detalhamento dos balanços ser bem pobre, com poucas divisões de contas de receitas e despesas.
Os três maiores clubes em receitas são os mesmos dos últimos anos, com um relativo desgarramento do Corinthians. Nesse caso, é importante assinalar que o balanço foi bem engordado pelas luvas do novo contrato Nike. Se a transferência de Lucas para o PSG tivesse sido contabilizada em 2012, seria do São Paulo a pole position, com uma receita próxima ou já na casa dos 400 milhões de reais e dos 150 milhões de euros. A receita que vale, porém, é a operacional ou, em último caso, a receita tota do clube menos as transferências.
Dessa forma, a receita corintiana ficaria numa faixa de 120 milhões de euros e do São Paulo em 88 milhões de euros. Com isso, o Corinthians entra no Top 20 da temporada 2011/2012, em 18º lugar, e o São Paulo se aproxima, mas ainda não entra nos Top 30, cuja bandeirada foi de 95 milhões de euros na temporada 2011/2012. Tomando por base a temporada em curso, porém, o mais provável é que o Corinthians fique fora dos Top 20 e o São Paulo mais distante dos Top 30.
Fonte: Blog Olhar Crônico Esportivo
E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem! Siga-nos também no