A roupa nova só vai ser exibida no próximo dia 23. Por enquanto, está mantida em sigilo. Mas a relação entre Flamengo e Adidas começou. Na verdade, foi retomada. Nesta quinta-feira, em evento realizado no Salão Nobre da Gávea, o clube e a empresa começaram, de forma oficial, a parceria firmada pelos próximos dez anos. A fornecedora de material esportivo, que patrocinou o clube em suas maiores glórias, como na conquista do Mundial de 1981, está de volta. O novo contrato, um dos mais valiosos do continente, chega a R$ 35,6 milhões por ano. A estreia do novo Manto acontecerá na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, diante do Santos, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 26 deste mês.
– A gente espera que esse novo relacionamento dure dez anos, depois mais dez. Já deu certo no passado, certamente será no futuro. São duas grifes ligadas ao esporte. Temos certeza de que com o apoio da Adidas vamos construir um novo Flamengo. Foi o primeiro parceiro dessa nova gestão, contratos efetivados no fim do ano passado – disse o vice-presidente de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcelos.
O presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, o vice-presidente Walter D’Agostino, o vice de futebol Wallim Vasconcelos e o presidente da Adidas no Brasil, Fernando Basualdo, concederam entrevista coletiva sobre o contrato. Além deles, o evento teve a presença ilustre do ídolo Zico.
– Quero saudar mais uma vez o nosso ídolo Zico, que dará o pontapé inicial do primeiro jogo do Flamengo na volta ao Maracanã. E usará a camisa 10 da Adidas. Se der para jogar uns 15 minutos, está escalado.- declarou Wallim Vasconcelos.
– É um prazer muito grande, não só para quem teve uma vida no Flamengo, mas como embaixador da Adidas. Wallim, sobre a ideia de dar o pontapé inicial, queria que programasse um jogo de 15 minutos de cada tempo, daquele time de 81, na preliminar. Quando a gente começa a dar pontapé, está perto de subir (risos). Quinze minutos para cada lado não estragariam o campo.- pediu Zico, que foi aplaudido pelas pessoas presentas na coletiva.
O acordo, assinado no fim da gestão de Patricia Amorim, passou por mudanças com a chegada da nova diretoria. As alterações se resumem a aumento significativo nas premiações e tabela de aumento do percentual de royalties a partir do cumprimento de metas de vendas. O reajuste previsto no contrato de 87 páginas está atrelado ao desempenho do time. O valor mínimo até o quinto ano de contrato é de R$ 30,3 milhões (resultado da soma do mínimo de royalties, R$ 8 milhões, teto de material fornecido, R$ 9,8 milhões, e pagamento fixo anual em dinheiro de R$ 12,5 milhões). Somadas a taxa de início de parceria (R$ 38 milhões), e a verba de ações de marketing da Adidas (R$ 1,5 milhão), chega-se a R$ 35,6 milhões por ano, número que passa a R$ 40,6 milhões do sexto ao décimo ano de contrato (não incluída a correção monetária) e pode crescer ainda mais dependendo do sucesso de vendas de produtos, uma das alterações obtidas pela nova diretoria do clube.
– É uma honra poder vestir novamente o Flamengo. Quero dizer e ratificar que o Flamengo começa a ser parte dessa estratégia global dos cinco maiores clubes que a Adidas tem assinado. Junto com Real (Madrid), Milan, Bayern de Munique e Chelsea – disse o presidente da Adidas no Brasil, Fernando Basualdo.
O contrato foi assinado em 20 de dezembro do ano passado. Logo após a assinatura, o Rubro-Negro recebeu R$ 6,5 milhões, sendo que R$ 3,4 milhões foram usados para pagar a rescisão com a Olympikus. A fornecedora também já pagou ao clube outros R$ 38 milhões da taxa de início de parceria: R$ 13 milhões até 30 dias após a assinatura do contrato e R$ 25 milhões até 15 de fevereiro.
Parceria entre Fla e fornecedora prevê rescisão ou multa por vexames
O contrato de parceria traz um aporte de receitas à Gávea de fazer inveja aos rivais. Porém, a contrapartida também é digna de um clube agora incluído entre as marcas classe A da empresa alemã, no mesmo status de Real Madrid, Chelsea, Bayern de Munique e Milan. Quedas para a Série B e não classificações para a Copa Sul-Americana, por exemplo, acarretam multas que podem chegar a 50% dos pagamentos a serem feitos pela empresa. Já um rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro implica a rescisão do vínculo.
Fonte: GE
E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem! Siga-nos também no