Flamengo tem primeiras intrigas nos bastidores e Conselheiros reclamam de excesso de sigilo.

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Após pouco mais de quatro meses de “lua de mel” nos bastidores da Gávea, a nova diretoria do Flamengo encara seus primeiros focos de crise e insatisfação na política interna do clube. Problemas na condução da negociação do patrocínio com a Caixa e insatisfação com alguns dirigentes causaram rusgas entre conselheiros e figuras importantes do cenário rubro-negro.
Apesar de só estourarem na última semana, ambos os problemas já vinham se arrastando por semanas e causando desconforto no grupo do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O primeiro foi a transferência de Clemént Izard, ex-gerente do Fla-Gávea (sede), para a administração do Ninho do Urubu. Pivô de briga no Engenhão e alvo de denúncias de sócios e funcionários por sua postura “pouco simpática” no dia a dia, o executivo foi transferido de departamento para evitar maiores desgastes.
A medida, porém, não foi considerada suficiente para alguns conselheiros e sócios ilustres. Muitos defendiam sua demissão. “Não adianta transferir o problema. Ele nos tratava mal aqui e vai tratar mal agora a turma do CT”, disse uma funcionária da Gávea.
Na reunião do Conselho Deliberativo da última terça, novamente a questão foi levantada. Alguns membros mais influentes questionavam vices de Bandeira de Mello sobre a decisão de manter Izard no Flamengo. “Eles estão tão bem até agora, não precisavam disso. Se tem algo errado, algum funcionário fora dos padrões desta diretoria, tem que demitir”, avaliou um conselheiro ligado à situação.
Também em encontro do Deliberativo, outro motivo de discórdia foi abordado. Muitos não concordaram com a maneira extremamente sigilosa que a negociação com a Caixa foi conduzida.
Para muitos conselheiros e membros de poderes do clube, o sigilo tinha que ser levado em conta apenas fora do clube. “Se não quer que vaze na imprensa, tudo bem. Mas não podem esconder isso de nós, conselheiros. Nós que vamos votar. Temos que saber das coisas”, reclamou um conselheiro.
Até mesmo a primeira convocação para reunião de aprovação do contato com a Caixa foi alvo de reclamações. No documento, o presidente do Conselho, Delair Dumbrosck, a pedido do departamento de marketing, convocou os membros do poder para a votação de “uma parceria importante”.
Somente depois, por meio da imprensa e do Diário Oficial, todos foram informados das conversas e do acerto com a Caixa. Até mesmo o Conselho Fiscal, que precisa examinar o contrato, foi surpreendido. A tática foi adotada para evitar que membros pudessem dar detalhes do acordo à imprensa.
O último imbróglio ocorreu na última terça, com a decisão da diretoria de anunciar a parceria antes de submeter ao Conselho. Por fim, membros da diretoria não gostaram da ação movida por um advogado gaúcho solicitando o cancelamento do contrato com a Caixa. Durante a votação, muitos questionaram o vice Luiz Eduardo Baptista sobre tal hipótese e ele garantiu que nada ocorreria.
Ainda assim, com todos os questionamentos, a diretoria deu mostras de que conseguiu contornar os problemas dos últimos dias. Na votação sobre o tão falado contrato com a Caixa, os 400 conselheiros presentes aprovaram o acordo por unanimidade.
Fonte: UOL

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