O Flamengo que agoniza no Brasileiro é um time montado de cima para baixo. E o responsável pela reestruturação ineficiente, o diretor Paulo Pelaipe, pode ser demitido. O temperamento bipolar no dia a dia e o conflito no relacionamento com o vice de Relação Externas, Flávio Godinho, tornam sua situação insustentável.
Desde que assumiu o Flamengo, Jorginho tentou emplacar alguns nomes, como os zagueiros Éderson, do Goiás, e Rodolfo, do São Paulo, mas escutou o discurso de economia da direção. A filosofia freou, por exemplo, o retorno do atacante Emerson, que estava de lado no Corinthians.
Os custos seriam equivalentes aos de Carlos Eduardo, que tem números assustadores. Foram 11 jogos em 18 possíveis, com nenhum gol ou assistência. Com salário de R$ 500 mil mensais, ele atuou por 393 minutos, mas já ganhou quatro meses de salário, totalizando cerca de R$ 2 milhões. O que dá um rendimento de R$ 5 mil por minuto em campo pelo Flamengo.
Marcelo Moreno, que custa R$ 390 mil, tenta trazer benefícios maiores, ao lado de Elias e Gabriel, que deram mais certo. Da primeira leva da nova direção, João Paulo e Wallace não vingaram. Internamente, Pelaipe alega que Carlos Eduardo foi indicação de Dorival Júnior e que só executa o que a diretoria permite, financeiramente.
Das onze contratações efetivadas, apenas Marcelo Moreno e Roger Carvalho tiveram aval do técnico Jorginho. O ex-comandante só foi comunicado da chegada de Val depois de tudo acertado, e não participou da busca por apostas no interior paulista, como Bruninho e Paulinho.
Fonte: Extra Globo