DNA Rubro-Negro.

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“Craque o Flamengo faz em casa”. Aqueles que têm mais de 20 anos cresceram ouvindo esse bordão, já que o histórico do clube nunca foi marcado por investir em grandes contratações, mas sim revelar craques vindos de suas divisões de base. Porém, de lá para cá, a história foi mudando e há quase 10 anos não revelamos jogadores que mantivessem essa tradição rubro-negra.
Muitos surgiram como grandes promessas, como Fellype Gabriel, Fabiano Oliveira, Bruno Mezenga e Erick Flores e, mais recentemente, Adryan, mas nenhum deles conseguiu, no profissional, mostrar resquícios do bom futebol apresentado nas categorias inferiores do Flamengo.
Retrato disso é o aproveitamento dos garotos no time de cima após um título da Copa São Paulo de Juniores. Enquanto muitos dos campeões do torneio em 1990 fizeram história participando do título Brasileiro de 1992 (e podemos citar Júnior Baiano, Marquinhos, Marcelinho Carioca, Djalminha, Nélio e Paulo Nunes), o time campeão do mesmo campeonato em 2011, após os mesmos dois anos, não conseguiu firmar ninguém na equipe profissional (destaque para Cesar, Frauches, Lorran, Muralha, Adryan, Negueba e Thomás).
Vários fatores podem ser enumerados como consequência desse contraste: os técnicos das divisões de base priorizam os garotos de maior porte físico e com maior potencial de marcação (Wellinton é um deles); falta de estrutura para formação de garotos em atletas; escalação dos “moleques” como salvadores da pátria, quando o time precisa de resultados imediatos; valorização de jogadores de empresários que já têm atletas nos profissionais; inexistência de observadores para garimpar jogadores jovens de outros clubes (exemplo de maior destaque foi a contratação de Bebeto, do Vitória, ainda muito jovem), etc.
Utilizar os jovens formados nas categorias de base, no Flamengo, é uma tradição que não pode ser deixada de lado. Além do potencial que o clube sempre demonstrou em revelar talentos, com títulos expressivos em que os “crias” da Gávea eram a base do elenco, isso funciona como uma válvula de escape para as finanças do clube ao negociá-los posteriormente e equilibrar a balança com as contratações de “medalhões” que não trazem o mesmo retorno financeiro. Maior expoente desse cenário no futebol mundial é o Barcelona, campeão de tudo com um time quase inteiro formado por atletas oriundos de suas divisões de base.
Fernando Moreira

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