Se a demissão do Flamengo, há quase três meses, foi um duro golpe para Dorival Júnior, a forma com a qual a diretoria vem conduzindo o processo para indenizá-lo pode fazer com que o ex-treinador tome uma decisão que não queria. Há mais de um mês ele espera um novo contato dos dirigentes rubro-negros para saber como e quando receberá os cerca de R$ 5 milhões a que tem direito de indenização, e o caso pode parar na Justiça. Até porque, nesta quarta-feira, mais um técnico entrou na fila de pagamento: Jorginho, o substituto de Dorival, foi demitido após a derrota para o Náutico.
Dorival deixou o Flamengo no final de março com dois meses de salários atrasados do contrato de trabalho e cinco meses do direito de imagem. Além disso, o ex-treinador tem que receber a multa rescisória e prêmios combinados pela antiga gestão durante o Campeonato Brasileiro do ano passado.
Pelo contrato com o Flamengo, Dorival recebia cerca de R$ 780 mil mensais e a multa rescisória diminuía com o passar dos meses. Como deixou o clube em março, o valor estipulado era de dois meses de salário. O acordo já foi redigido e advogados acionados, mas falta ainda a assinatura.
Para evitar entrar em conflito, Dorival Júnior não tem se manisfestado publicamente. Ainda sem clube, ele está descansando em Florianópolis, onde o Flamengo enfrentou o Náutico ontem à noite pelo Brasileiro.
Também demitidos pela atual administração, os auxiliares Ivan Izzo e Lucas Silvestre, e o preparador físico Celso de Rezende, que tinham apenas contrato de trabalho, já foram indenizados pelo clube.
Através da assessoria de imprensa, o vice de futebol Wallim Vasconcellos reconheceu as dívidas da administração passada, embora boa parte no caso de Dorival seja da atual gestão, e informou que vem trabalhando para resolver o problema o quanto antes.
Fonte: Extra Globo