A frase “acho que a Adidas não se lembrava da força da Nação”, de um lojista que prefere não se identificar para não sofrer retaliações, sintetiza bem o sumiço da nova camisa rubro-negra no mercado. Exceção às grandes lojas, muitos comerciantes não tiveram contato com o novo manto. O prejuízo causado pelo problema de distribuição já arranha a relação entre o clube e a parceira.
A camisa foi lançada com festa no dia 23 de maio. A empresa alemã comercializou cerca de 300 mil camisas só na pré-venda e prometeu o produto nas lojas no dia seguinte. Passadas duas semanas, o ATAQUE visitou cinco lojas em Copacabana e nenhuma tinha a camisa, que só era encontrada na loja do clube no bairro, que tinha poucas unidades. O mesmo acontece em outras regiões da cidade e em Niterói.
Ultimamente, os representantes da Adidas têm evitado atender os comerciantes, que até então não tinham reclamações da empresa, fornecedora também do Fluminense.
A procura pelas camisas é enorme também por causa da proximidade do Dia dos Namorados. Só em Copacabana, cerca de cem pessoas tentam comprar o uniforme diariamente. Em Niterói, há lojas com lista de espera com mais de 600 pessoas. Apenas nos dois locais, Adidas, Fla e os comerciantes deixaram de faturar cerca de R$ 400 mil.
A Adidas informa que trabalha para adequar a distribuição ao tamanho da cadeia de lojas, que abrange todo o território nacional. A fornecedora promete regularizar a situação o mais brevemente possível, desde o Rio até as regiões Norte e Nordeste do Brasil. O Flamengo não quis se pronunciar sobre o problema.
Fonte: O Dia