Noves dias já se passaram desde o anúncio oficial da demissão, mas Flamengo e Renato Abreu ainda não chegaram a um acordo para rescisão do contrato que iria até o fim de 2013. Revelado na segunda-feira, dia 17, sem justificativas públicas pela diretoria, o distrato ainda não foi assinado e o que emperra o desfecho da situação é a forma como o Rubro-Negro pagará a dívida com o jogador. Enquanto isso, o meia mantém a forma em treinamentos particulares e optou por não abrir negociação com outra equipe até que o fim de sua passagem pela Gávea esteja no papel.
Ao informar ao empresário de Renato, Cláudio Guadagno, que não contava mais com o jogador por “incidentes graves”, o Flamengo se predispôs a pagar o montante referente aos sete meses restantes de salários previstos em contrato. Atleta e clube, no entanto, ainda divergem da maneira como isso será feito. Ambas as partes acreditam que tudo será solucionado ainda nesta semana. Em compasso de espera, algumas equipes da Série A já manifestaram o interesse de contar com o ex-camisa 11 rubro-negro. Especula-se que Ponte Preta e Bahia estejam na lista.
Apesar de não se manifestar publicamente, o Flamengo se mostrou contrariado com atitudes de Renato desde o início do Brasileirão. Contra a Ponte Preta, o atleta não reagiu bem a vaias da torcida após desperdiçar um pênalti. Na rodada seguinte, tirou a camisa ao fazer o gol de empate com o Atlético-PR e foi repreendido por esconder a marca dos patrocinadores. Por fim, foi expulso ao tentar concluir com a mão uma cobrança de escanteio na derrota para o Náutico. A junção dos fatos foi ainda ao encontro do pensamento de parte da diretoria de que o meia “jogava contra” o trabalho de Jorginho.
Único funcionário rubro-negro a comentar o caso, Mano Menezes disse que não teve influência na decisão da demissão e solicitou apenas que tudo fosse resolvido antes do início de sua passagem pelo clube. Segundo ele, caso Renato fizesse parte do elenco na reapresentação do dia 18, sua postura seria avaliada a partir daquele momento e não do que foi feito no passado.
Fonte: GE