Para conseguir as certidões negativas de débito (CNDs) e, consequentemente, o patrocínio master da Caixa Econômica Federal, o Flamengo teve de penhorar o Ninho do Urubu, CT rubro-negro localizado em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Isso para garantir o pagamento da dívida de R$ 53.767.539,63 junto à Receita Federal, responsável por ceder duas das seis CNDs existentes.
Um ponto importante é que caso a atitude de penhorar o Ninho do Urubu não fosse tomada pela diretoria do Flamengo, as CNDs não seriam obtidas pelo clube.
O artifício utilizado pela diretoria encabeçada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello coloca em risco o Ninho do Urubu caso o clube deixe de pagar os valores das parcelas federais de impostos.
As cotas devem ser pagas mensalmente pelo Flamengo à Receita Federal até agosto de 2016 (confira o quadro ao lado), no valor inicial de R$ 500 mil e final de R$ 1,8 milhão, atualizados anualmente pela taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia taxa de juros para títulos federais).
Vale lembrar que como os vencimentos das parcelas vão até 2016, a atual gestão pode não estar no clube (há eleição em 2015) e assim prejudicar o futuro do Ninho do Urubu.
PARCELAS FEDERAIS
Prazo
De acordo com decisão da juíza federal Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, o Flamengo tem de efetuar o pagamento das parcelas das certidões negativas de débito (CNDs) no último dia útil de cada mês.
2013
O Flamengo tem de pagar R$ 500 mil por mês, entre março e dezembro, para a manutenção das certidões.
2014
O Flamengo terá de pagar R$ 1,2 milhão (atualizados pela Selic acumulada de 2013) por mês, durante todo o ano, para a manutenção das certidões negativas de débito.
2015
O Flamengo terá que pagar R$ 1,7 milhão (atualizados pela Selic acumulada de 2013 e 2014) por mês, durante todo o ano, para a manutenção das CNDs.
2016
O Flamengo fica na obrigação de pagar R$ 1,8 milhão (atualizados pela Selic acumulada de 2013, 2014 e 2015) por mês, entre janeiro e agosto, para a manutenção das CNDs.
Fonte: Lancenet