Lancenet tenta implantar intrigas entre Wallim Vasconcellos e Luiz Eduardo Baptista.

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A crise que tomou conta do futebol do Flamengo ganhou também dimensões políticas. Dois dos principais vice-presidentes da gestão Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcellos, do futebol, e Luiz Eduardo Baptista, do marketing, já não falam a mesma língua. Dois temas, um para ser resolvido futuramente e outro de forma imediata, norteiam a divergência que foi capaz de abalar a harmonia que caracterizava a gestão até então.
Tanto Wallim quanto Baptista almejam a presidência do clube na eleição de 2015. Até lá, muita água ainda passará por debaixo da ponte. O vice de futebol era o candidato inicial da Chapa Azul, mas acabou impugnado pouco menos de um mês antes da eleição, no fim do ano passado. Já Bap, que internamente é visto como o “presidente”, não esconde o sonho de comandar o clube de maior torcida do país no futuro. Para isso, trabalha de forma pesada nas ações de marketing e no programa de sócio-torcedor, os quais imagina serem as plataformas para atingir tal objetivo.
Ao lado de Luiz Eduardo Baptista está o vice-presidente de relações externas, Flávio Godinho, que tem feito interferências no departamento de futebol e desagradado a Wallim. Uma delas foi não aconselhar a contratação do zagueiro Rhodolfo, do São Paulo. E também vem questionando a continuidade de Paulo Pelaipe como diretor executivo de futebol.
Pelaipe, por sinal, está no olho do furacão. O único que banca a permanência do dirigente ainda é o próprio Wallim, que tem confiança no executivo, mesmo com os reforços trazidos até agora não tendo vingado.
Godinho e Bap estiveram no mês passado na Europa para tentar trazer um reforço de peso. O sonho do vice de marketing é “um rosto bonito e conhecido” (Kaká) capaz de alavancar a venda de camisas e o sócio-torcedor. Wallim é contra essa ideia, uma vez que enxerga não ser possível bancar o salário de um atleta deste porte.
Em eventos para anunciar parcerias – como os patrocínios com a Peugeot, Caixa, Adidas e o Nação Rubro-Negra –, Bap e Wallim podiam até estar no mesmo ambiente, mas nunca próximos. Sempre que um anunciava algum bem para o clube, o outro não estava ao lado. Aliás, isso só aconteceu no lançamento da chapa, ainda com Wallim como candidato.
O LANCE!Net procurou o departamento de comunicação do Flamengo para ouvir a versão do clube sobre o assunto. A posição oficial foi a de que “por ser uma história desprovida de qualquer fundamento, o clube não vai se pronunciar.”
CREDENCIAIS PARA FACÇÕES EM JOGOS
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcellos, levou à pauta da reunião do Conselho Gestor a ideia de distribuir 20 credenciais para organizadas em jogos do clube. O dirigente alegou que isso seria importante para que as pessoas das facções pudessem trabalhar antes das partidas nas montagens de bandeira, que contribuem na beleza nos estádios.
A ideia sugerida por Wallim Vasconcellos foi prontamente contestada pelo vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista. E como Bap tem o apoio da maioria do Conselho Gestor, a ideia acabou descartada.
Uma curiosidade relacionada às organizadas aconteceu no treino de ontem, em Florianópolis. Com autorização do diretor executivo de futebol do Flamengo, Paulo Pelaipe, integrantes da Raça entraram na atividade e fizeram com que Felipe, Hernane, Paulo Victor, Adryan e Paulinho posassem para uma foto fazendo o símbolo da facção.
GODINHO ERA O NOME PARA A PASTA DO FUTEBOL
Quando a Chapa Azul foi lançada, em agosto do ano passado, o candidato à presidência era Wallim Vasconcellos, que mais tarde acabou impugnado por ter menos de cinco anos de vida associativa ininterrupta. Na conjuntura inicial, Flávio Godinho, hoje vice-presidente de relações externas, era o indicado para assumir a pasta de futebol, que posteriormente acabou destinada a Wallim.
Com Eduardo Bandeira de Mello à frente da candidatura – pouco menos de um mês antes da eleição –, o planejamento teve de ser todo alterado, sobrando a Flávio Godinho a pasta pela qual responde atualmente.
Mesmo sem estar no dia a dia do futebol, Godinho é presença constante nos jogos do Flamengo. Em certo momento, era mais comum encontrá-lo nos estádios do que o próprio vice-presidente de futebol. De postura mais discreta, Godinho é forte internamente.
EDUARDO BANDEIRA DE MELLO NÃO FOI A REUNIÃO DA DEMISSÃO DE JORGINHO
A reunião que selou a demissão de Jorginho como técnico do Flamengo, na madrugada de quinta-feira, em Florianópolis, não contou com a presença do presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, que estava em Santa Catarina para o jogo contra o Náutico.
Apenas o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, e o diretor executivo da pasta, Paulo Pelaipe, discutiram a saída do treinador. Bandeira de Mello apenas foi avisado da decisão e não criou empecilho quanto a isto para os dirigentes.
PRIMEIROS ATRITOS NA DIRETORIA
Marketing
Antes de completar um mês de gestão no marketing, como diretor executivo, João Henrique Areias deixou o cargo para dar lugar a Frederico Luz. Internamente, a saída de Areias aconteceu por desavenças com Luiz Eduardo Baptista, vice da pasta.
Fla-Gávea
O então vice do Fla-Gávea, José Carlos Dias, renunciou ao cargo em fevereiro após demitir o gerente geral da pasta, Clément Izard. Por sua vez, não foi atendido pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, que pediu para José Carlos não assinar a dispensa. Cheirinho, como é conhecido, era ligado ao grupo político do ex-presidente Marcio Braga. Após o ocorrido, Clément foi transferido para a pasta de patrimônio.
Fonte: Lancenet

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