Foi o Fluminense anunciar o acordo para usar o Maracanã e o Botafogo se aproximar de um acerto com o consórcio que os torcedores do Flamengo desataram a falar no assunto nas redes sociais. Mas se depender da diretoria do clube, a pressão popular ficará de lado em benefício de uma negociação mais vantajosa.
Não está descartado, porém, um consenso entre o Rubro-negro e os vencedores da licitação para o uso do estádio em períodos menores ainda esse ano. O vice de finanças Rodrigo Tostes, à frente das tratativas, admite que um pacote de jogos do Brasileiro e até partidas avulsas podem ser acertadas enquanto a negociação a longo prazo não se concretiza.
– Não queremos isso. Mas se for preciso e valer a pena faremos – disse ao Extra.
A postura do Flamengo é clara: no longo prazo, um acordo só será assinado com vantagens para o clube não apenas nas bilheterias, como fez o Fluminense, como também em camarotes e áreas comerciais como lojas e restaurantes. Inclusive em dias de shows e outros eventos, o lucro seria dividido.
O consórcio teve a primeira proposta recusada e o clube fez uma contraproposta, também distante do acordo. Nessa segunda conversa, o Flamengo apresentou a possibilidade de um acordo por dez anos com revisão nos cinco primeiros anos, mas dentro das condições iniciais de lucro.
O clube descartou completamente o modelo que não o incluía na exploração comercial diversificada, atrelando-o apenas aos lucros com bilheteria de 40% das arquibancadas. As conversas devem seguir mas agora na direção de promover o Flamengo de volta ao Maracanã, mas sem prender o clube no longo prazo.
Com a meta de arrecadar R$ 70 milhões por ano com os jogos, os estádios de Brasília e outras arenas pelo país aparecem mais atrativas. Como disseram vários dirigentes rubro-negros, não faltará lugar para o Flamengo jogar. Resta saber como a torcida carioca vai encarar isso.
Fonte: Extra Globo